Micro-moradias criadas especialmente para os sem-abrigo de Los Angeles

A Lehrer Architects converteu terrenos baldios de Los Angeles em espaços para micro-moradias para acolher pessoas em situação de sem-abrigo. A principal característica formal do projeto é o uso de cores vibrantes que "desempenha um papel fundamental como estratégia formal, que alegram as pessoas e promovem o sentido de comunidade."

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© Lehrer Architects

Notícias ao Minuto
25/05/2021 09:53 ‧ 25/05/2021 por Notícias ao Minuto

Casa

EUA

Nasceu um modelo experimental concebido para combater a falta de casas em Los Angeles, pelo atelier Lehrer Architects, que converteu uma série de terrenos baldios nesta cidade dos EUA em espaços para micro-moradias voltadas para acolher pessoas em situação de sem-abrigo, adianta a Archdaily.

Em parceira com o Departamento de Obras e Engenharia da cidade de Los Angeles, a Lehrer Architects desenvolveu um projeto de casas construídas com estruturas de paletes reutilizados, pintados em cores vibrantes para promover o sentido de comunidade e restaurar a dignidade da população em situação de sem-abrigo, através da arquitetura.

Cada unidade oferece abrigo para uma ou duas pessoas. Além disso, os mesmos módulos podem ser acoplados uns aos outros para abrigar diferentes programas, como refeitórios, vestiários e espaços de armazenamento e atendimento ao público.

Note que este não foi o primeiro projeto de habitação social do atelier. Já em fevereiro, a Lehrer Architects inaugurou o seu primeiro projeto piloto para os sem-abrigo, sendo que a segunda versão está prestes a ser concluída. Chama-se Alexandria Park Tiny Home Village e compõe um conjunto duas vezes maior do que o primeiro e deverá acomodar uma comunidade de até 200 moradores. Um terceiro projeto de habitação temporária está ainda em processo de desenvolvimento e deverá ser concluído ainda este ano.

Os três empreendimentos fazem parte de um projeto a longo prazo desenvolvido pela Câmara de Los Angeles para promover o direito à habitação digna à população carente da cidade. Salienta ainda a Archdaily que cada nova versão do projeto está a ser melhorada de acordo com as experiências prévias, criando um modelo flexível e cada vez mais eficiente e econômico.

"Para nós, projetos como este são um estimulo à nossa criatividade. As restrições técnicas e económicas, assim como a urgência política e social da questão por si só, demandaram de nossa equipa uma extrema disciplina. O nosso principal objetivo era poder restaurar minimamente a integridade dessas pessoas, proporcionando uma nova oportunidade para que elas possam recomeçar as suas vidas com saúde e segurança", revela Michael B. Lehrer FAIA, sócio fundador da Lehrer Architects.

"Cada modificação no projeto foi feita para melhorar a qualidade dos projetos e minimizar custos desnecessários: nesse sentido, a cor desempenha um papel fundamental como estratégia formal, um elemento capaz de transformar estes espaços em lugares vibrantes e dinâmicos, que alegram as pessoas e promovem o sentido de comunidade", sustenta o responsável.

Leia Também: Estas casas são impressas em 3D e são para os sem-abrigo dos EUA

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