Os segmentos residencial e de logística nos EUA não registaram operações de distress sales, ou vendas rápidas, em stress. Estando no topo das preferências dos investidores com opções de investimento mais do estilo core ou value-add, estes segmentos acabaram por anotar menos de 1% de operações distress, face ao total transacionado.

Desde março, estes dois segmentos de mercado conquistaram cerca de 60% do volume total investido em imobiliário nos Estados Unidos.

Em sentido inverso, as distress sales disparam na hotelaria nos Estados Unidos, nos últimos 12 meses. Refere Gonçalo Rodrigues, consultor em finanças imobiliárias, no Out of the Box, que o sector hoteleiro foi o que registou maior peso das distress sales, de acordo com dados da Real Capital Analytics.

Os últimos tempos têm registado maior preferência por constituição de novos veículos de investimento para operações de oportunidade, sublinhe-se. Sendo que a pandemia da Covid-19 provocou impactos diferentes em cada segmento do mercado imobiliário, com o segmento hoteleiro a registar fortes perdas.

Segundo os mesmo dados, entre março e 2020 e fevereiro de 2021, 8% das transações hoteleiras envolveram algum tipo de ativo em stress, num período em que o volume total de transações caiu de forma expressiva, sustenta ainda Gonçalo Rodrigues.

O que é uma distress sales?

Uma vendas rápidas, em stress, ocorre quando uma propriedade, ações ou outro ativo deve ser vendido rapidamente.

As distress sales resultam frequentemente numa perda financeira para o vendedor que, por razões de coação económica, deve aceitar um preço mais baixo.

Note que os rendimentos destes ativos são mais utilizados para pagar dívidas ou despesas médicas ou para outras emergências.

Leia Também: Bolsas europeias em alta, à espera de indicadores do consumo nos EUA