O mês de maio registou um aumento da ocupação de escritórios face ao período homólogo (mesmo mês de 2020), com a atividade a subir 45% em Lisboa para 7.650 m2 e 30% no Porto para 2.400 m2, mostram os mais recentes resultados do Office Flashpoint da JLL, enviados em comunicado ao Notícias ao Minuto.
"A maioria das operações concretizadas neste mês foram para ocupação imediata, o que prova que continua a existir uma procura real e ativa, a qual mantém o foco em espaços novos e de boa qualidade", começa por explicar Mariana Rosa, Head of Leasing Markets Advisory da JLL.
"Claro que continuamos numa conjuntura marcada pela pandemia", continua, "e, mesmo com os avanços na vacinação, a atividade anual prossegue em níveis abaixo dos verificados em 2020. Mas, em todo o caso, o mercado tem dado sinais claros de que as empresas vão continuar ativas na procura de escritórios”, sustenta a responsável.
Note que a consultora imobiliária internacional JLL participou como agente ativo em várias operações, incluindo a maior transação do mês em Lisboa, nomeadamente a tomada de 2.800 m2 no Green Park pela Unicre.
Em termos acumulados, no período de janeiro a maio de 2021, o mercado de escritórios de Lisboa soma cerca de 49.500 m2 de ocupação, um volume que fica 37% abaixo do mesmo período de 2020. No Porto, a recuperação em 2021 ascende a 7.000 m2, numa redução de 70% face a 2020. Ainda assim, em ambos os mercados as quedas registadas no final de maio desagravam face a abril, quando o acumulado do ano apresentava reduções de 43% em Lisboa e de 78% no Porto, faz notar o mesmo comunicado.
Lisboa
No mesmo mês em análise, a ocupação em Lisboa totalizou 12 operações com uma área média de 640 m2, sendo a zona 2 (CBD) a mais procurada, com 42% da recuperação mensal e cinco dos 12 negócios registados. As empresas de TMT’s & Utilities lideraram a procura neste mês, gerando 48% da atividade, segundo os mesmo dados da consultora.
De acordo com o Office Flashpoint da JLL, entre janeiro e maio, registaram-se 46 operações de tomada de espaço de escritórios em Lisboa, traduzindo uma área média em torno dos 1.100 m2.
Neste período, a zona 5 (Parque das Nações) foi a mais dinâmica (42% da recuperação), um desempenho também influenciado pela operação de pré-arrendamento de 10.000 m2 registada em abril, mediada pela JLL, sublinhe-se. As empresas de TMT’s & Utilities foram o principal motor da procura, com 46% da absorção anual.
Porto
Por seu lado, no Porto registaram-se quatro operações, duas das quais com áreas próximas a 1.000 m2, o que posicionou a área média em cerca de 600 m2. Neste mês, a zona 2 (CBD-Baixa) foi a mais ativa, com 44% da recuperação mensal, ao passo que as empresas de Outros Serviços foram as mais dinâmicas, sendo responsáveis por mais de 73% do volume absorvido, de acordo com o mesmo relatório.
Na cidade Invicta, o acumulado anual regista 18 operações, com uma área média de cerca de 400 m2, sendo a atividade liderada pelas empresas de Outros Serviços (25%) e principalmente concentrada na zona 1 (CBD-Boavista).
Para a JLL é ainda importante referir que a compressão anual da atividade mais acentuada no Porto é justificada pela realização de grandes operações na região em 2020.
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