Nos primeiros três meses de 2021, o preço das casas para comprar na Alemanha subiu 9,4% face ao mesmo período do ano passado. De acordo com o Instituto Federal de Estatística (Destatis), esta é a maior subida registada, pelo menos, na última década. E esta tendência ascendente parece manter-se por vários fatores, refere o idealista. Ainda assim, há cada vez mais especialistas a questionar o risco de bolha imobiliária no país.
O aumento é significativo e quando comparado com os últimos três meses de 2020, a subida dos preços entre janeiro e março foi de 1,5%. O crescimento homólogo no quarto trimestre de 2020 (8,7%) foi o segundo maior nos últimos dez anos.
Segundo o idealista, quando olhamos para as variações homólogas dos outros trimestres do ano salta à vista que o aumento foi progressivo: no primeiro trimestre subiu 7,4%, no segundo 6,6% e no terceiro 8,3%.
Note que estas subidas estão também entre os mais elevados de sempre e são apenas comparáveis aos valores registados em 2016, sendo que é preciso recuar até ao quarto trimestre de 2010, para encontrar um período de evolução negativa, altura quando os preços das casas caíram 0,5% em termos anuais.
O incremento dos preços fez-se sentir em todo o país, tanto nas grandes cidades como nas zonas menos povoadas. Embora as cidades com mais de 100 mil habitantes tenham liderado os aumentos (11,3%), as cidades de Berlim, Hamburgo, Munique, Colónia, Frankfurt, Estugarda e Dusseldorf, não ficaram atrás, registando elevações de 11,1%.
Faz ainda notar o idealista que são muitos os fatores que justificam este dinamismo nos últimos anos: as baixas taxas de juro; a política monetária expansiva do Banco Central Europeu (BCE); a situação económica do país, bem como o aumento gradual de salários registado na última década. A isso soma-se ainda a falta de oferta de casas e de materiais de construção, tal como o congelamento das rendas em Berlim.
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