Coworking: Como é que este espaço de trabalho influencia a saúde mental?

Depois do home office, os espaços de trabalho partilhados têm ganho retorno, com muitos profissionais a procurar que este lugar para exercer a sua função. Ainda assim, o coworking tem-se evidenciado, cada vez mais, um lugar que não garante um ambiente de trabalho saudável.

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© Iwan Baan

Notícias ao Minuto
09/07/2021 09:32 ‧ 09/07/2021 por Notícias ao Minuto

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A síndrome de burnout, também conhecida como síndrome do esgotamento profissional, tem estado cada vez mais presente entre os profissionais. De acordo com a plataforma especialista no setor arquitetura, Archdaily, a sua origem está relacionada ao quotidiano laboral de cada indivíduo, sendo motivada pelo ambiente físico de trabalho.

Segundo a plataforma, em média, passamos um terço do nosso dia nos espaços de trabalho. Nesse sentido, é certo afirmar que assumem um papel importante na nossa saúde mental.

Passada a onda dos escritórios domésticos (home office) que vivemos no decorrer de 2020, temos assistido ao crescente retorno dos espaços de trabalho partilhados.

A indústria do coworking surgiu em meados de 2005, note-se. Estes espaços laborais multifacetados têm-se tornado o lugar de consumo de muitos profissionais que precisa de um espaço de escritório. Ainda assim, o coworking tem-se evidenciado, cada vez mais, um lugar que não garante um ambiente de trabalho saudável, faz notar o Archdaily.

Versatilidade do mobiliário

Se o coworking não possui bancadas individuais para trabalhar em pé, está desatualizado. Segundo estudos já realizados no Reino Unido, os standing desk trazem benefícios não só à postura, como também diminui o risco de doenças cardiovasculares e até alguns tipos de cancro, como de próstata e ovário. A recomendação é trabalhar pelo menos duas horas em pé por dia, afirma o Archdaily.

Além dos benefícios físicos, um mobiliário versátil contribui para quebra da monotonia do trabalho, possibilitando diferentes interações e, muitas vezes, aumentar a motivação dos usuários.

Isolamento x Interação

Outro ponto importante é a possibilidade de criar espaços de isolamento e interação num mesmo ambiente, respeitando assim a atividade e a individualidade de cada usuário. Além disso, a procura por espaços isolados em coworking tem aumentado também devido ao risco de contaminação por Covid-19. 

Salas multiusos

Permanecer oito horas seguidas em frente a um monitor de computador pode ser tudo menos saudável, por isso, os espaços coworking têm-se focado em oferecer diferentes atividades dentro das suas instalações, de forma a que o usuário possa espairecer, descansando o corpo e a mente.

Assim, ter salas com som ambiente e ilustrações nas paredes ou mesmo observatórios nas varandas e terraços com vista que possibilitem o relaxamento dos olhos e da cabeça é vital. A maioria destes espaços já possui estas soluções, atualmente.

Áreas externas

Muito potencializado também pela atual pandemia, este último aspeto tem-se tornado uma estratégia importante para trazer o bem-estar mental aos usuários, pois está relacionado aos itens já referidos, como a importância de ter espaços de relaxamento e descanso e também a necessidade de se relacionar com elementos naturais.

Nesse sentido, as áreas externas no coworking podem e devem estar relacionadas a pequenos pátios, quintais ou jardins. A ideia é que seja possível respirar ar puro e entrar em contato com clima externo, sublinha o Archdaily.

Leia Também: Rede de Teletrabalho ou Coworking no Interior alargada à função pública

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