Vender a casa. Contratar um agente imobiliário em exclusivo ou não?

Cerca de 83% dos profissionais do setor preferem trabalhar em regime de exclusividade. Ainda assim, há muitos mediadores que elegem o regime em aberto e não se importam que haja mais agências concorrentes, a trabalhar a venda do mesmo imóvel, revela Gonçalo Rodrigues, consultor em finanças imobiliárias. Mas e para o cliente proprietário, o que deve escolher?

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Notícias ao Minuto
17/07/2021 10:02 ‧ 17/07/2021 por Notícias ao Minuto

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Cerca de 83% dos agentes imobiliários preferem trabalhar em regime de exclusividade. Ainda assim, há muitos mediadores que elegem o regime em aberto e não se importam (até preferem) que haja mais agências concorrentes, a trabalhar a venda do mesmo imóvel. A constatação é feita por Gonçalo Rodrigues, consultor em finanças imobiliárias, ao Doutor Finanças, depois de colocar uma questão no Instagram do Out of the Box.

Notícias ao Minuto [83% considera que a mediação imobiliária deverá ser feita em modo exclusivo]© Out of the Box  

Mas e para o cliente proprietário, o que deve escolher?

Para Gonçalo Rodrigues, muitos são os que pensam que se tiverem mais mediadores imobiliários a tentar vender o seu imóvel, maior será a probabilidade de sucesso. Ainda assim, o consultor pensa de maneira diferente, dada a sua experiência própria.

Geralmente, quando um imóvel é vendido em mercado aberto, sem exclusivo, o mediador imobiliário tende a perder interesse na venda e a investir pouco na comunicação desse mesmo imóvel, sustenta Gonçalo Rodrigues. Assim, o investimento que tem de ser realizado pouco compensará quando outros estão também no mercado a procurar realizar a venda.

Note que o trabalho de um mediador imobiliário, sem exclusividade na venda, tende a ser mais reativo que proativo, segundo Gonçalo Rodrigues. Mas provavelmente não será ativamente comunicado no mercado com vista à angariação de potenciais compradores.

As vantagens do exclusivo

De acordo com o consultor em finanças imobiliárias, uma das vantagens recai no facto de ter um gestor, um único interlocutor e alguém a quem o cliente pode (e deve) pedir satisfações. Assim, o cliente deve pedir relatórios periódicos. E pode rescindir o contrato caso veja que o mediador imobiliário não está a prestar um bom serviço, revela Gonçalo Rodrigues.

Nesse sentido, um proprietário deverá procurar um bom profissional, orientado para o serviço. Deverá questioná-lo sobre o mercado, sobre o seu plano de comunicação e como faz os seus relatórios. Deverá ainda perceber a abertura e disponibilidade desse agente em fazer partilhas no mercado, lê-se no artigo do Doutor Finanças.

Um serviço de mediação imobiliária em exclusivo, no qual o mediador tenha o hábito de partilhar as suas angariações, na opinião do consultor acabará por anular as eventuais vantagens em contratar um serviço em aberto, note-se.

Para Gonçalo Rodrigues, o mediador imobiliário deve ainda estar mais orientado para o serviço, desenvolver um plano de comunicação, segmentar devidamente o imóvel no mercado, qualificar antecipadamente todos os potenciais compradores e conduzir todas as visitas. E o proprietário deve ser capaz de exigir isso mesmo do seu prestador de serviço, reforça o consultor.

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