De acordo com os dados da Associação de Fabricantes de Ferragens e Bricolage (AFEB), o crescimento do setor da Melhoria da Habitação rondou os 37% em comparação com o ano de 2019. Ao retirar a exportação, o aumento ronda os 26%. De acordo com a Associação Materiais de Construção (APCMC), que avança com a notícia, a AFEB acaba de publicar os Gráficos de Evolução das Vendas do 2.º Trimestre de 2021, nos quais podemos confirmar o ritmo positivo do setor da Melhoria da Habitação, desde que em junho de 2020 ocorreu a reabertura das lojas de ferragens e centros de bricolage.
Ainda assim, segundo a AFEB ao comparar este trimestre com o mesmo trimestre do ano anterior, verifica-se valores enganosos, devido ao encerramento dos comércios durante grande parte do 2.º trimestre do ano de 2020, sendo de destacar que a tendência positiva se mantém quando comparamos 2021 com 2019, revela a APCMC.
Ao analisar o gráfico da AFEB, pode-se verificar que o crescimento deu-se em todos os canais. Subiu 23% no Especializado (grandes e médias superfícies de bricolage), 40% no Profissional, 21% nas Lojas de Ferragens, 9,6% no Generalista (supermercados) e 104% no online, sendo aqui onde mais cresceu, ainda que de valores baixos.
© AFEB
Estes dados são também muito positivos no que toca às exportações das empresas que experienciaram um crescimento de 62%, mostra o mesmo gráfico.
Contudo, César Navarro, Presidente da Cintacor-Stor Planet e responsável pelo Comité de Economia da AFEB, avisa que à medida que outros setores de consumo abrem as suas atividades, a procura pelos produtos de melhoria da habitação começa a baixar.
Em contraste, constata ainda que a nível profissional a atividade mantém-se e é esperado que continue a manter-se em subida devido ao grande número de projetos de reabilitação atualmente em marcha, revela a APCMC.
Segundo a AFEB, só os próximos meses poderão revelar onde se situa o setor assim que a atividade económica normalizar, momento no qual também se poderá ver se as mudanças testadas junto do consumidor durante a pandemia em relação à melhoria da habitação se mantêm, assim como que impacto terão os fundos 'Next Generation' na reabilitação de vivendas.
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