Depois do recorde batido no mês de março, com 14 operações em Lisboa, o mês de julho volta a registar uma forte ocupação no mercado de escritórios. Segundo os mais recentes resultados do Office Flashpoint da JLL, enviados ao Notícias ao Minuto, concretizaram-se no mês passado cerca de 13 operações na capital portuguesa para ocupação imediata, num total de 13.377 m2 ocupados, com a JLL a atuar como agente ativo em cerca de seis dos negócios concretizados.
"A performance positiva do mercado no início deste segundo semestre, com muitas operações para ocupação imediata, especialmente em Lisboa, vem demonstrar que as empresas se mantêm ativas na procura de espaços de novos e de qualidade”, começa por revelar Mariana Rosa, Head of Leasing Markets Advisory da JLL.
De acordo com os mesmos dados, a atividade em julho representa um crescimento de 125% face a junho e atingiu uma área média de 1030 m2 por operação. De realçar que este último valor deve-se ao facto de três das operações corresponderem a áreas superiores a 1000 m2, sendo que a mais significativa a registar uma absorção de cerca de 7.000 m2, tratou-se da ocupação da BI4ALL, nos Olivais (zona 7), lê-se no documento.
Com isto, a zona 7 foi a mais ativa no mês julho, com 58% da atividade mensal, informa a consultora imobiliária internacional. Já no que respeita aos setores de atividade mais dinâmicos, TMT's & Utilities representou 78% do volume mensal.
Em termos acumulados, nos setes primeiros meses de 2021, o mercado de escritórios de Lisboa soma cerca de 68.703 m2 de ocupação, um volume que fica apenas 19% abaixo do mesmo período de 2020. Entre janeiro e julho, registaram-se 67 operações de tomada de espaço de escritórios em Lisboa, traduzindo uma área média em torno dos 1.025 m2.
Neste período, a zona do Parque das Nações (zona 5) foi a mais dinâmica (31%) e as empresas de TMT’s & Utilities foram o principal motor da procura, representando quase metade da absorção anual (47%).
E no Porto?
Por seu turno, o mercado de escritórios no Porto está a recuperar mas num ritmo mais lento. Como mostram os resultados do Office Flashpoint, verificou-se uma quebra de 63% face ao mesmo período do ano passado, com 632 m2 absorvidos num total de duas operações, de 125 m2 e 510 m2, nas zonas 1 (CBD Boavista) e 5 (Outros Porto), respetivamente, ambas para ocupação imediata.
No mesmo mês em análise, a zona 1 (CBD-Boavista) foi a mais ativa, com 80%, já o setor de Bens e de Consumo representou 80% do volume mensal absorvido, pode-se ler no comunicado.
No Porto, a absorção em 2021 ascende a 13.690 m2, numa redução de 55% face a 2020. Em ambos os mercados as quedas registadas no final de julho desagravam face a junho, quando o acumulado do ano apresentava reduções de 34% em Lisboa e de 66% no Porto, revela a JLL.
O acumulado anual na cidade Invicta regista 27 operações, com uma área média de cerca de 507 m2, sendo a atividade igualmente liderada pelas empresas de TMT’s & Utilities (31%) e principalmente concentrada na zona 1 (CBD-Boavista).
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