"Guimarães é uma cidade que tem muitos jovens e que tem muita vida. Isso atrai ainda mais jovens a querer viver aqui no centro da cidade", começa por revelar uma jovem ao Porto Canal. Contudo, a população jovem não consegue comprar casa nesta cidade do distrito de Braga. "Acontece que as casas são realmente caras", sustenta.
Os residentes mais novos de Guimarães aconselham melhorias para conseguirem construir um futuro na cidade onde nasceu Portugal, pois "tanto a nível de prédios reabilitados, e que têm arrendamento, esse mesmo custo é muito caro. E mesmo a própria compra de imóveis no centro da cidade é um pouco inacessível para os jovens."
O custo alto da habitação é assim "um entrave para a fixação dos mais novos na cidade", mas a mobilidade é também um dos desafios mais falados, principalmente nas acessibilidades às zonas mais periféricas da cidade de Guimarães.
"Continuamos a achar que há algumas lacunas nas acessibilidades", afirma outro jovem da cidade. E isto só "desmotiva as pessoas a viver nas periferias."
A Estratégia Local de Habitação do Município de Guimarães visa promover soluções habitacionais, através de arrendamento de casas para subarrendamento, reabilitação e construção de frações, prédios e empreendimentos, segundo informa a autarquia. Está calculado um investimento a rondar os 13 milhões de euros para os próximos seis anos, sendo que cerca de 11,5 milhões de euros é comparticipado pelo Governo.
De realçar que o presidente da Câmara de Guimarães, Domingos Bragança, anunciou também a importância de “criar uma resposta de apoio à classe média” no acesso à habitação. Assim, pretende promover o arrendamento acessível e a aquisição de edifícios para habitação a custos controlados.
Leia Também: Máquinas de café de cápsula duplicam em 10 anos nas casas dos portugueses