O 'boom' no mercado do setor habitacional, induzido pela pandemia, registou uma subida de 9,2% dos preços das casas, em 55 países, até junho de 2021. Esta conclusão surge no estudo 'Global House Price Index', realizado pela consultora imobiliária internacional Knight Frank, que divulga que cerca de dez das economias mais desenvolvidas do mundo registou um crescimento médio dos preços de 12% até junho. Este valor traduz-se no dobro do observado nos principais mercados em desenvolvimento (4,7%).
Segundo a consultora imobiliária, ainda que a sua taxa de crescimento está a abrandar, a Turquia (29,2%) lidera a classificação anual. Seguem-se na tabela, a Nova Zelândia em segundo lugar (25,9%) e os EUA em terceiro (18,6%).
Também a entrar no 'top 10' dos países onde o preço da habitação mais subiu, estão a Eslováquia em 4.º (18,6%), a Suécia em quinto lugar (17,2%), o Luxemburgo na sexta posição (17%), a Austrália em 7.º (16,4%), o Canadá em oitavo lugar (16%), os Países Baixos em 9.º (14,5%) e, por fim, a Rússia em 10.º (14,4%).
Já Portugal ocupa a 20.ª posição na tabela, à frente de países como a França, Itália e Grécia, com uma subida do preço das casas na ordem de 8,6%, entre o segundo trimestre do ano e o período homólogo de 2020.
No total dos 55 países incluídos no estudo, apenas 18 registaram um crescimento de preços de dois dígitos. Em sentido inverso, dois mercados viram os preços baixar até junho de 2021: Índia (-0,5%) e Espanha (-0,9%), sendo este o valor mais baixo de sempre de mercados a apresentarem uma descida nos preços desde que o 'Global House Price Index' começou a ser elaborado, em 2008.
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