A pandemia veio alterar a forma como as empresas olham para os seus escritórios e a continuidade dos espaços tradicionais de trabalho tem-se tornado cada vez mais numa questão de debate. Contudo, o espaço físico não deverá perder a relevância, afirma a consultora imobiliária internacional Savills, em comunicado enviado às redações.
"Apesar do teletrabalho ser uma tendência que parece ter vindo para ficar, o escritório físico continuará a ter a sua importância enquanto espaço que reforça os valores e cultura da empresa", revela Ana Redondo, Offices Associate Director, Savills Portugal.
Assim, a Savills considera que estes espaços de trabalho devam passar a adquirir contornos de locais de promoção da criatividade, da troca de ideias, de contactos informais e de socialização entre colaboradores.
Neste sentido, a consultora imobiliária considera vital que os escritórios adquiram um novo significado para os colaboradores, minimizando assim as perdas de rendimento e maximizando a retenção de talento, lê-se no documento.
Para isso, entre várias tendências enumeradas pela consultora, o modelo organizativo deverá ser adaptado a cada empresa, resultando de um trabalho de 'workplace strategy' sustentado num processo de mudança para a organização. Mais ainda, os chamados 'escritórios-satélite' também deverão adquirir uma relevância crescente no mercado de trabalho, refere o mesmo comunicado.
Outra tendência para manter os espaços de escritórios tradicionais, segundo a Savills, recai no 'work life balance' que estará dependente da capacidade de flexibilização de cada empresa. Para a mediadora, criar espaços de escritórios, em localizações próximas do local de residência dos colaboradores, poderá permitir uma maior promoção da cultura empresarial.
Contudo, note que para "projetar um escritório vai muito além de colocar mesas e cadeiras num espaço," sendo "necessário criar ambientes que inspirem e que criem valor nas pessoas. Isso é investir no futuro da empresa", afirma Ana Redondo.
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