Os juros implícitos no crédito à habitação subiram durante a semana passada. De acordo com os dados divulgados pelo Mortgage News Daily, a que a CNBC teve acesso, a taxa média da hipoteca fixa a 30 anos recuou 3% no dia 20 de setembro e depois subiu para os 3,10%, passados três dias. Há 15 dias atrás, os juros do crédito da casa eram de 2,93%. Estão previstos mais aumentos? Segundo o presidente da Fed, Jerome Powell, acontecerá mais cedo do que se espera.
Isto porque embora as taxas hipotecárias não sigam a taxa dos fundos federais, seguem o rendimento do Tesouro a 10 anos (10-year Treasury, na língua inglesa), que atingiu o nível mais alto desde 2 de julho.
Contudo, para Matthew Graham, diretor operacional da Mortgage News Daily, as vacinas e a queda da contagem de casos impulsionaram as taxas a atingiram os valores mais altos de sempre, no início de 2021. Ainda assim, o aumento da variante delta trouxe-as novamente a níveis mais baixos, durante o mês de julho.
"Se considerarmos porque é que as taxas hipotecárias acabaram por esmagar os anteriores mínimos de sempre em 2020, a resposta foi claramente a Covid-19", afirmou Graham. "Embora o ritmo e a volatilidade variem devido a outros fatores, sempre estivemos destinados a recuar para taxas mais elevadas à medida que a pandemia diminui, e as contagens (da semana passada) sugerem que está a diminuir novamente", acrescentou.
Ainda que as taxas ainda sejam baixas, os preços continuam a subir a um ritmo de dois dígitos tanto para casas recém-construídas como para as casas existentes, faz ainda notar a CNBC.
Como resultado, a primeira quota de vendas de compradores em agosto caiu para apenas 29%, o valor mais baixo desde o início de 2019, quando as taxas sobre os 30 anos fixados foram superiores a 5%. Historicamente, os primeiros a chegar compõem cerca de 40% das vendas de casas.
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