No 2.º trimestre de 2021, a renda mediana dos 20.568 novos contratos de arrendamento em Portugal atingiu 6,03 euros por m2. Este valor representa uma variação homóloga positiva de 11,5% no país, superior à observada no trimestre anterior (+5,3%), revelam dados hoje divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). "Este crescimento situa-se assim claramente acima da taxa de variação homóloga observada no 1.º trimestre de 2021, período também fortemente afetado pelo contexto pandémico", informa o INE. Já face ao primeiro trimestre de 2021, a renda mediana do segundo trimestre de 2021 aumentou 4,1%.
Por sua vez, o número de novos contratos de arrendamento no país também registou um aumento face ao período homólogo (49,3%). No 2º trimestre de 2021, o número de novos contratos de arrendamento no país foi maior que o registado no mesmo trimestre de 2020 (13.772 novos contratos), representando um aumento da atividade de arrendamento de perto de 50%.
"Registe-se também que a taxa de variação do número dos novos contratos de arrendamento face ao 1.º trimestre, período igualmente marcado por restrições à mobilidade em consequência da pandemia, foi 3% (-9,3% no trimestre anterior)", faz ainda notar o INE.
De acordo com o instituto de estatística, a renda mediana aumentou em 20 das 25 sub-regiões NUTS III, salientando-se com os maiores crescimentos homólogos a sub-região do Oeste (+12,3%), Região de Aveiro (+11,9%), Região Autónoma da Madeira (+11,3%) e Área Metropolitana do Porto (+10,2%).
De realçar que as rendas mais elevadas registaram-se na Área Metropolitana de Lisboa (8,82 euros por m2), Algarve (6,96 euros por m2), Área Metropolitana do Porto (6,40 euros por m2) e Região Autónoma da Madeira (6,32 euros por m2).
Segundo o INE, todas as sub-regiões NUTS III registaram um aumento do número de novos contratos de arrendamento face ao período homólogo, sendo que a Área Metropolitana de Lisboa concentrou cerca de um terço dos novos contratos de arrendamento (7.171).
As áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto representaram, em conjunto, 53% do total de novos contratos do país e o Algarve 6,3%. Em sentido inverso, o Baixo Alentejo apresentou o menor número de novos contratos de arrendamento (108).
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