No 3.º trimestre de 2021, o mercado de escritórios registou uma absorção de 25.000 m2 em Lisboa e de 21.000 m2 no Porto. De acordo com o relatório mensal Office Flashpoint, realizado pela consultora imobiliária internacional JLL, enviado em comunicado ao Notícias ao Minuto, trata-se de uma recuperação da atividade face a igual trimestre do ano passado, com a ocupação ena capital a ficar 40% acima desse período e na Invicta a mais que duplicar (115%). O Porto regista uma evolução também face ao trimestre anterior (103%), enquanto em Lisboa a comparação trimestral é de relativa estabilidade (-3%).
"Os resultados trimestrais, que incluem o período do verão, por norma menos dinâmico, são animadores e abrem boas perspetivas para a reta final do ano", começa por revelar Mariana Rosa, Head of Leasing Market Advisory da JLL.
"Neste momento, em termos acumulados, quer Lisboa quer o Porto continuam abaixo dos resultados do ano passado, mas a tendência tem sido de recuperação, com um ritmo especialmente forte no Porto", acrescenta.
"No final de junho, Lisboa acumulava um decréscimo de 34% face a 2020 e no Porto a queda era de 66%. Três meses depois, a compressão da atividade anual acumulada em Lisboa desagravou para -21% e no Porto para uns impressionantes -11%", dá ainda conta a responsável.
Contudo, as previsões da JLL são positivas a apontar "que o último trimestre do ano possa colocar a atividade de 2021 acima do ano passado, com o regresso das empresas aos escritórios e o levantamento generalizado das medidas de restrição pandémica”.
Lisboa
No acumulado de nove meses, entre janeiro e setembro deste ano, o mercado de escritórios de Lisboa transacionou 80.650 m2 num total de 93 operações, o que traduz uma área média próxima dos 900 m2, lê-se no documento. Esta atividade fica 21% abaixo dos 102.500 m2 transacionados em igual período do ano passado.
Segundo o mesmo comunicado, ao longo deste ano, a zona do Parque das Nações foi a mais ativa, com 29% da área ocupada, resultado que se deve, em grande parte, a operações de pré-arrendamento. No acumulado do ano, a procura é liderada pelas empresas de 'TMT’s & Utilities', as quais garantem 42% do 'take-up' anual.
O mês de setembro contribuiu com cerca de 6.300 m2 para o 'take-up anual', registando um número mensal de operações recorde (18), embora traduzindo uma procura mais orientada para operações de menor dimensão (350 m2 de área média por operação). A zona do Parque das Nações foi também a mais forte no mês, com 30% da ocupação mensal.
Relativamente aos setores de atividade, 'Serviços a Empresas' representou 23% do volume mensal, seguido de Serviços Financeiros (21%), refere a consultora imobiliária.
Porto
Já no Porto, o mercado soma quase 34.000 m2 de área tomada num total de 41 operações no acumulado de nove meses decorridos de 2021, período durante o qual a área média por operação ficou em 800 m2. Esta atividade apresenta uma quebra de 11% face ao mesmo período de 2020, quando o take-up ascendeu a 38.000 m2.
De acordo com o relatório mensal Office Flashpoint, a zona do CBD Boavista liderou as preferências das empresas (38% do 'take-up' anual), sendo a atividade especialmente dinamizada pela área de 'Outros Serviços', um setor que gerou 32% da atividade anual.
No mês de setembro, o 'take-up' foi de 8.100 m2, num total de 9 operações e uma área média de 900 m2. A zona do CBD Boavista também foi mais ativa neste mês, com 55% da ocupação. O sector 'Farmacêuticas e Saúde' representou 40% do volume total do mês.
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