António Carlos Rodrigues salientou que a construtora já tinha criado uma sociedade no Gana há mais de um ano, mas o arranque da atividade sofreu um atraso com a pandemia.
Neste momento, a Casais tem já uma equipa "que se começa a deslocar e vai estar de forma permanente, a partir de 2022, no Gana".
"África tem muitas oportunidades porque está tudo por fazer", realçou, salientando que "o problema é a estabilidade económica e política, bem como a segurança" nesta região.
"O Gana é desses países que tem estabilidade, tem tido apoio e atenção e nações que apoiam o seu desenvolvimento", referiu António Carlos Rodrigues, recordando que a Casais tem "vindo a fazer obras na área da saúde", nomeadamente em Angola.
"No caso do Gana também acaba por ser nessa área da saúde", indicou, salientando que a construtora conta "começar no início do ano umas unidades ligadas a saúde e financiadas por entidades internacionais".
António Carlos Rodrigues referiu que a Casais normalmente está "num mercado para ficar por muitos anos", mantendo-se em quase todos onde estava antes da pandemia.
"Na Europa estamos na Alemanha, Bélgica, França, Gibraltar", indicou, revelando que a construtora resolveu avançar também para Espanha.
"Angola continua a ser um dos nossos principais mercados internacionais," nos quais também se contam Moçambique, Brasil, Dubai, Qatar, Abu Dhabi e EUA, acrescentou.
"Os únicos mercados em que, de alguma forma, reduzimos a nossa atenção foi Argélia e Marrocos", sendo que, durante a pandemia, a empresa decidiu mesmo "descontinuar" o mercado argelino, explicou ainda o responsável.
Quanto ao mercado português, neste momento "estabilizou", garantiu, sendo que "há algumas perspetivas de que poderá continuar a crescer, mas depende das obras públicas" e já há um conjunto de sinais de que vai atrasar por causa das eleições e do Orçamento do Estado.
Segundo o gestor, não se pode também "o desvalorizar o impacto do investimento dos vistos 'gold' e esse efeito multiplicador é positivo", criticando a "confusão" em torno desta matéria.
"Não podemos desvalorizar o impacto que teve na nossa atividade nos últimos cinco anos", sobretudo no imobiliário, referiu.
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