Em média, cerca de 4,5% dos cidadãos da Europa assumiu que pretende comprar casa no próximo ano. Esta é uma das principais conclusões retirada do inquérito realizado aos consumidores das seis principais economias da zona euro (Bélgica, França, Alemanha, Itália, Países Baixos e Espanha), agora divulgados no boletim económico do BCE.
Segundo os mesmos dados, entre o 2.º trimestre de 2020 e o 3.º trimestre de 2021, a percentagem de famílias que admitiu querer adquirir uma habitação em 2022, oscilou entre os 4,3% e os 4,7%. Uma decisão que depende de "a sua situação de trabalho e situação financeira, rendimento e riqueza, bem como as suas expectativas em relação ao nível geral dos preços, dos preços da habitação e das condições de crédito hipotecário", lê-se no mesmo documento.
De acordo com o BCE, “a intenção de adquirir uma casa varia em função do rendimento das famílias”. Uma intenção com maior 'peso' entre as famílias com altos rendimentos (6,5%), enquanto os agregados familiares com rendas mais baixas, o resultado está abaixo dos 4%.
Além disso, “os inquiridos que pretendem comprar uma habitação nos próximos 12 meses tendem a ter expectativas de crescimento de rendimentos maiores do que aqueles que não planeiam fazê-lo", acrescenta o BCE.
Faz ainda sobressair a mesma análise, as poupanças acumuladas pelos cidadãos durante a pandemia “pode continuar a impulsionar a procura de casas no curto prazo.” Isto porque cerca de 44% dos agregados familiares empenhadas em economizar afirmaram querer “poupar dinheiro para fazer uma grande compra no futuro, como adquirir uma casa ou um carro, por exemplo."
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