O contrato de consignação, assinado esta manhã, prevê que o projeto seja implementado em quatro meses (120 dias) em todo o concelho, depois de ter sido testado, como projeto piloto, na freguesia de Vila Verde, abrangendo cerca de 22 mil luminárias.
A troca das atuais luminárias por tecnologia LEAD vai permitir mais luz "onde não havia" e ligar a iluminação ao nascer e ao por do sol, o que não acontece atualmente, e mesmo assim representar uma poupança anual aos cofres municipais na ordem dos 2,8 milhões de euros.
Segundo fonte ligada ao projeto, aos preços atuais, o município da Figueira da Foz tem atualmente um gasto anual com energia de quase cinco milhões de euros.
"Este projeto deve-se ao executivo anterior e estamos esperançados nas grandes vantagens que foram expostas para a cidade", disse o presidente da autarquia, Pedro Santana Lopes, eleito pelo movimento Figueira a Primeira, depois de ter usado da palavra o anterior autarca Carlos Monteiro (PS).
O autarca salientou a necessidade de o município trabalhar em equipa "na frente da inovação para colocar a Figueira da Foz na vanguarda das conquistas que as tecnologias vão permitindo".
"Os investimentos, os projetos, os avanços, os sonhos e as concretizações que o concelho consiga levar por diante têm de ter essa marca, essa preocupação, este horizonte da descoberta, da inovação, investigação, tendo o espírito científico sempre presente", salientou.
Para Santana Lopes, quem está na vanguarda, "na linha da frente, tem uma obrigação acrescida de dar o exemplo no cumprimento das metas, na procura das vantagens da economia circular, na poupança de recursos, na monitorização dos gastos e de outros indicadores, sem colocar em causa os direitos das liberdades e garantias da privacidade do cidadão".
Através das cerca de 23 mil luminárias de iluminação pública, o município vai poder instalar uma rede de comunicação "altamente diferenciadora" que permite maior sustentabilidade, podendo instalar radar simples, detetores inteligentes, e monitorizar a qualidade do ar, os resíduos sólidos urbanos, os estacionamentos e a rega de espaços verdes, entre outras utilidades.
O projeto, cujo consórcio responsável pela sua implementação envolve empresas da Figueira da Foz, permite uma poupança anual de 80% de energia e a redução de 1.650 toneladas de dióxido de carbono, com a amortização do investimento em cerca de três anos e meio.
"A Figueira da Foz deu um passo enorme na sustentabilidade no nosso país e não tenho dúvidas que vai ser seguido por outros", disse Pedro Filipe dos Santos, do consórcio responsável pela implementação do projeto.
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