Na Análise de Conjuntura do Setor da Construção, hoje divulgada, a Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN) indica que ao nível do licenciamento de fogos em construções novas este atingiu 2.489 fogos em janeiro, mais 12,8% do que no mesmo mês de 2021.
Em relação ao montante dos novos empréstimos concedidos aos particulares para aquisição de habitação, a AICCOPN precisa que este atingiu um total de 1.187 milhões de euros, mais 22,6% do que em janeiro de 2021.
A AICCOPN afirma que nos primeiros dois meses de 2022 houve uma estabilização do volume promovido em concursos de empreitadas de obras públicas face ao período homólogo de 2021, sublinhando, contudo, que o montante total dos contratos de empreitadas de obras públicas objeto de celebração e registo no Portal Base apresenta uma significativa redução, de 29,9%, face ao período homólogo de 2021.
Referindo-se ao consumo de cimento no mercado nacional nos primeiros dois meses de 2022, a AICCOPN afirma que este totalizou 635,1 milhares de toneladas, mais 18,2% do que no mesmo período de 2021.
A associação sublinha que no que respeita ao investimento, as previsões são agora mais otimistas, esperando-se um incremento de 9,2%, acima dos 7,2% previstos anteriormente, apesar do cenário menos positivo em relação ao crescimento do PIB e ao agravamento da inflação.
O investimento em construção representa 50,3% do investimento total e o Banco de Portugal destaca, precisamente, uma perspetiva de aumento significativo da implementação de projetos financiados por fundos europeus, com o investimento público a crescer a uma taxa média anual de 13,5%, no período 2022-2024, e o investimento residencial 5,8%, este ano, afirma a associação.
No Boletim Económico de março, o Banco de Portugal reviu em baixa o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), de 5,8% para 4,9%, e agravou a estimativa para a inflação, com o índice harmonizado de preços no consumidor a aumentar de 1,8% para 4% em 2022, recorda a associação.
A AICCOPN também sublinha que os dados recentemente publicados pelo INE relativos às transações de alojamentos familiares, do 4.º trimestre de 2021, revelaram novos máximos trimestrais, com 45.885 alojamentos transacionados, num montante global de 8.225 milhões de euros, o que traduz aumentos homólogos de 17,2% e de 34,9% em número e em valor, respetivamente.
"Relativamente aos preços dos imóveis, assistiu-se à manutenção da tendência de crescimento, com o índice de preços da habitação no 4.º trimestre a valorizar-se 11,6% em termos homólogos", acrescenta.
Leia Também: Empresas e 'startup' com 150 milhões para testarem produtos inovadores