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De matadouro a centro cultural: Funchal prorroga conclusão das obras

A Câmara Municipal do Funchal prorrogou hoje, por 90 dias, o prazo da conclusão das obras no antigo Matadouro, imóvel que está a ser transformado num Centro Cultural e de Investigação, informou o presidente da autarquia.

De matadouro a centro cultural: Funchal prorroga conclusão das obras
Notícias ao Minuto

09:39 - 08/04/22 por Lusa

Casa Funchal

"O período de prorrogação do prazo não tem qualquer revisão de preço. É uma situação só para terminar a obra", disse Pedro Calado no final da reunião semanal da vereação do principal município da Madeira.

O autarca explicou que esta obra, que devia ter ficado concluída em 31 de março, deve estar terminada em 24 de junho porque "os fornecedores precisam de acabar o sistema de iluminação dentro do edifício".

Para o responsável municipal, "a obra não estava bem dimensionada desde o início".

"Isto estava ou foi mal quantificado ou planeado em termos de conclusão e, atendendo agora à grande dificuldade de fornecimento de materiais e toda a realidade que nós já conhecemos, pediram um adiantamento de 90 dias", referiu.

O antigo matadouro do Funchal (região da Madeira), localizado na freguesia de Santa Luzia, perto do centro da cidade, foi inaugurado na década de 40 do século XX, mas encontrava-se desativado e abandonado há vários anos.

O lançamento do concurso público para transformar o imóvel num centro cultural foi aprovado por unanimidade, em 12 de setembro de 2019, no executivo municipal então presidido pela coligação Confiança (PS/BE/PDR/Nós, Cidadãos!), que tinha seis vereadores, e no qual estavam também representados o PSD, com quatro elementos, e o CDS-PP, com um elemento.

O projeto de requalificação daquele imóvel foi desencadeado em 2020, representa um investimento superior a quatro milhões de euros e conta com cofinanciamento do Turismo de Portugal.

Compreendeu a reabilitação integral do edifício do matadouro, com a criação de três novas funcionalidades: um espaço de exposições em três pisos, um espaço de 'co-work' vocacionado para as indústrias criativas e ainda uma sala multiúsos com capacidade para 350 pessoas".

Na reunião de hoje, a maioria PSD/CDS chumbou o programa de comemorações do 25 de Abril apresentado pela coligação 'Confiança' e que previa a realização da sessão solene que acontece desde 2013.

Numa nota de imprensa, os vereadores da coligação Confiança (PS/BE/PAN/MPT/PDR) criticaram esta decisão, que consideram ser "uma tentativa de esterilização dos valores democráticos, substituindo-os por um condicionamento à liberdade de expressão".

"Com esta decisão, pela primeira vez desde 2013, deixará de ser promovida uma sessão solene comemorativa da data, permitindo o uso da palavra a todos os representantes dos partidos políticos e coligações com assento na Assembleia Municipal, cancelando também o já emblemático concerto na Praça do Município aberto a toda a população", lê-se no mesmo documento.

O presidente da Câmara Municipal do Funchal justificou que a coligação Confiança já tinha conhecimento que havia "um programa preparado para assinalar a data", que está subordinado ao tema '25 de Abril: Entre Gerações", o qual inclui um encontro-conferência de várias gerações, na sala da Assembleia Municipal e dois concertos musicais e dois momentos musicais.

"A autarquia propõe-se fazer este ano uma celebração dos 48 anos do 25 de abril de 1974, em moldes diferentes daqueles que vinham sendo hábito", apostando "numa celebração aberta ao público, uma conversa franca, sem qualquer conotação partidária", disse Pedro Calado.

Sobre os momentos musicais, destacou que, "ao invés de se estar a pagar para vir artistas do continente para a Madeira para fazerem concertos, optámos por dar voz a artistas madeirenses".

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