Prestação da casa sobe em maio para contratos indexados à Euribor

A prestação da casa pega pelos clientes bancários pelo crédito à habitação vai subir em maio nos contratos indexados à Euribor a três, seis e a 12 meses, face às últimas revisões, segundo a simulação da Deco/Dinheiro&Direitos.

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Lusa
02/05/2022 15:46 ‧ 02/05/2022 por Lusa

Casa

Euribor

 

Um cliente com um empréstimo no valor de 150 mil euros, a 30 anos, indexado à Euribor a seis meses e com um 'spread' (margem de lucro do banco) de 1%, passa a pagar a partir de maio 461,33 euros, o que traduz uma subida de 14,32 euros face à última revisão em novembro.

Já no caso de um empréstimo nas mesmas condições (valor e prazo de amortização), mas indexado à Euribor a três meses, o cliente passa a pagar 452,21 euros, mais 7,36 euros do que paga desde fevereiro.

Estes valores foram calculados tendo em conta as médias da Euribor no mês de abril, tendo sido a seis meses de -0,311% e a três meses de -0,448%.

Os aumentos que vão ocorrer em maio para quem tem empréstimos indexados à Euribor a seis e três meses comparam com as subidas de, respetivamente, 7,46 euros e 2,82 euros registadas nos créditos cuja revisão ocorreu neste mês de abril.

Por seu lado, e após quase seis anos em terreno negativo, a média da Euribor a 12 meses no mês de abril entrou em valores positivos, tendo sido de 0,013%.

Assim, para quem tem um crédito nas condições referidas e indexado à Euribor a 12 meses, a prestação da casa será de 483,36 euros a partir de maio.

Na revisão ocorrida há um ano, num crédito com este indexante, a prestação foi então fixada em 449,84 euros, pelo que o valor que começa a ser pago a partir de maio traduz um agravamento de 33,52 euros.

Desde final de 2021 que acabaram as moratórias do crédito das famílias, que foram uma importante 'folga' para as famílias nos momentos mais agudos da crise da pandemia da covid-19.

As taxas Euribor são o principal indexante em Portugal nos contratos bancários que financiam a compra de casa. A Euribor a seis meses é a mais usada, seguida da taxa a três meses.

Desde 2015 que as taxas de juro estão em terreno negativo.

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