Porto Art's Square. De fábrica a projeto com valências de habitação

Na antiga Fábrica Social, no Porto, vai nascer o projeto que, fruto de um investimento de 15 milhões de euros, terá a sede da Fundação José Rodrigues, escritórios, lojas e apartamentos, confirmou hoje o Grupo Ferreira.

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Lusa
27/05/2022 07:23 ‧ 27/05/2022 por Lusa

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Em resposta à agência Lusa, o administrador do Grupo Ferreira, Rui d'Ávila, afirmou hoje que no lugar da Fontinha vai nascer o 'Porto Art's Square', projeto que representa um investimento de mais de 15 milhões de euros para o grupo imobiliário.

O projeto para aquele espaço, onde outrora funcionou a antiga Fábrica Social, prevê "usos diversificados", permitindo que nos cerca de sete mil metros quadrados, "se trabalhe, se habite, se faça compras e se possa visitar um equipamento cultural".

"Para além do edifício que funcionará como a sede da Fundação José Rodrigues, teremos um edifício de escritórios, algumas lojas de proximidade e cerca de 41 apartamentos", salientou o administrador do grupo imobiliário, destacando que se pretende naquele espaço ter "um empreendimento vivo".

"Isto é, com pessoas durante todo o dia, dias úteis e fins de semana, o que é uma realidade muito apreciada, mas rara", afirmou.

Rui d'Ávila adiantou ainda que o projeto, que ficará a cargo do arquiteto Ginestal Machado, foi aprovado "na semana passada" pela Câmara do Porto.

"Pensamos que em agosto estaremos em condições de começar a ter uma obra para dois anos", referiu, dando nota de que os projetos de engenharia ainda terão de ser submetidos para obtenção da licença de construção.

Contactada pela Lusa, Ágata Rodrigues, filha do escultor José Rodrigues, disse que a transformação da antiga fábrica de chapéus, por onde passaram dezenas de instituições artísticas, é "formalização de uma parceria de vários anos" com o Grupo Ferreira e o concretizar de "um sonho".

"É com grande felicidade e sentido de missão cumprida que vemos este projeto", referiu, salientando que a fundação vai permanecer num espaço que o pai "tanto estimava e queria".

"Há uma parte que vão manter do século XIX, mas tudo o resto é um projeto contemporâneo. O meu pai era a favor dessa transformação e adaptação da cidade às novas modernidades, desde que houvesse vida era o mais importante. Quando nos foi transmitido que havia essa transformação, para nós foi bem aceite", salientou Ágata Rodrigues.

Em 2008, o escultor José Rodrigues instalou a sua fundação numa antiga fábrica de chapéus -- a Fábrica Social -- que recebeu dezenas de instituições artísticas da cidade e fez-se sala de exposições, galeria de arte e graffiti do Porto.

Fundado em 1842, o espaço era uma das três fábricas de chapéus em funcionamento na cidade, tendo sido, em 1908, agraciado com o título de Real Fábrica Social. Até 1986, resistiu como fábrica de tecelagem, produção de plásticos e outros materiais.

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