Um cliente com um empréstimo no valor de 150 mil euros, a 30 anos, indexado à Euribor a seis meses e com um 'spread' (margem de lucro do banco) de 1%, passa a pagar a partir de junho 472,60 euros, o que traduz uma subida de 26,05 euros face à última revisão em dezembro.
Já no caso de um empréstimo nas mesmas condições (valor e prazo de amortização), mas indexado à Euribor a três meses, o cliente passa a pagar 456,33 euros, mais 9,65 euros do que paga desde março.
Estes valores foram calculados tendo em conta as médias da Euribor no mês de maio, tendo sido a seis meses de -0,144% e a três meses de -0,386%.
Os aumentos que vão ocorrer em junho para quem tem empréstimos indexados à Euribor a seis e três meses comparam com as subidas de, respetivamente, 14,32 euros e 7,36 euros registadas nos créditos cuja revisão ocorreu no mês de maio.
Já nos empréstimos indexados à Euribor a 12 meses, a prestação da casa -- para um empréstimo nas condições referidas -- será de 502,49 euros a partir de junho, o que traduz uma subida de 52,45 euros mensais.
Neste caso, este valor foi calculado tendo em conta a média da Euribor em maio, que a 12 meses foi de 0,287%.
Desde final de 2021 que acabaram as moratórias do crédito das famílias, que foram uma importante 'folga' para as famílias nos momentos mais agudos da crise da pandemia da covid-19.
As taxas Euribor são o principal indexante em Portugal nos contratos bancários que financiam a compra de casa. A Euribor a seis meses é a mais usada, seguida da taxa a três meses.
Desde 2015 que as taxas de juro estão em terreno negativo.
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