O Banco Central Europeu (BCE) subiu as taxas de juro pela segunda vez consecutiva e, por isso, é provável que os portugueses com crédito à habitação com taxa variável venham a assistir a um aumento das prestações a pagar nos próximos meses. Contudo, o impacto será sentido de forma diferente.
"A subida dos juros anunciada pelo BCE teve como primeira consequência uma subida significativa da Euribor, o que se veio a refletir no aumento das prestações da casa a pagar pelas famílias que contraíram um crédito habitação de taxa variável. Embora o aumento seja generalizado, não afeta da mesma forma a todos os créditos habitação de taxa variável, variando em função do ano em que foram contratados e do valor já pago", adianta o idealista, em comunicado enviado ao Casa ao Minuto.
O idealista explica que a grande maioria dos créditos habitação de taxa variável em Portugal utilizam o sistema de amortização francês, "o que quer dizer que no início do contrato a maioria da prestação destina-se ao pagamento de juros e o restante à amortização do capital em dívida".
Ora, "à medida que os anos vão passando começa-se a pagar menos juros e mais capital, até que no final do empréstimo praticamente só se pagará o capital. Esta é a razão pela qual o impacto do aumento da Euribor não será o mesmo no caso para um crédito habitação contratado em 2021 e para outro contratado em 2005, por exemplo".
Para explicar as diferenças do impacto da Euribor no crédito habitação, em função do ano em que foi contratado, o idealista fez uma simulação tendo em conta o financiamento de 150.000 euros, Euribor a 12 meses, spread a 1,5%, num prazo de 25 anos (próximo do prazo médio de 26 anos em 2021) e sem amortizações antecipadas:
Como a subida das Euribor afeta o crédito à habitação de taxa variável© idealista
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