A memória da descolonização é revisitada pelo Teatro do Vestido
'Filhos do retorno' uma peça do Teatro do Vestido, sobre a forma como foram assimiladas as memórias da descolonização por novas gerações, chega hoje à sala Estúdio do Teatro Nacional D. Maria II, em Lisboa, onde vai ficar até 1 de julho.
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Cultura Filhos
A peça surge na sequência de "Retornos, exílios e alguns que ficaram", espetáculo anterior da companhia, construído a partir de testemunhos de pessoas que viveram a descolonização e o seu regresso a Portugal, para muitos uma terra estrangeira.
'Filhos do retorno' aborda a maneira como essas memórias, transmitidas pelos pais, são assimiladas, percecionadas ou questionadas pelos seus descendentes.
À semelhança da peça anterior, 'Filhos do retorno' tem texto, direção e cocriação de Joana Craveiro.
As interpretações são de Cláudia Andrade, Daniel Moutinho, Lavínia Moreira, Marina Albuquerque e Rafael Rodrigues.
Estreada no Porto, em 2017, 'Filhos do retorno' vai estar em palco na sala Estúdio do D. Maria II, de quarta-feira a domingo, com representações às 19h30 (quartas-feiras), às 21h30 (de quinta a sábado), e aos domingos (16h30).
"Retornos, exílios e alguns que ficaram", estreada em 2014, foi retomada pela companhia, no passado dia 7, com repreentações no Palácio Sinel de Cordes, em Lisboa, numa antecipação do regresso a 'Filhos do retorno'.
No próximo domingo, 24 de junho, após a representação de 'Filhos do retorno', haverá uma conversa com os artistas, moderada por Maria João Guardão, e será lançado o livro "Teatro do Vestido: um dicionário".
Coeditada pelo teatro D. Maria e pela companhia Teatro do Vestido, trata-se de uma obra coordenada pelo professor universitário José Alberto Ferreira e por Tânia Guerreiro, em parceria com BdM (coleção 'Estudos').
Para a elaboração do livro, 21 personalidades de diferentes áreas foram convidadas a escrever sobre um determinado tema, palavra ou questão do universo temático e dramatúrgico da companhia Teatro do Vestido.
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