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Ministro da Cultura "lamenta profundamente" morte de Luís Amado

O ministro da Cultura, Luís Filipe de Castro Mendes, exaltou hoje a memória de Luís Amaro, "poeta, revisor literário, editor, bibliófilo, tradutor, ensaísta, memorialista", cuja morte, aos 95 anos, "lamentou profundamente".

Ministro da Cultura "lamenta profundamente" morte de Luís Amado
Notícias ao Minuto

21:13 - 24/08/18 por Lusa

Cultura Poeta

"Representado em várias antologias, a primeira das quais é de Jorge de Sena, em 1958, [Luís Amaro foi] sempre discreto, correspondeu-se com alguns dos maiores escritores do século XX" e doou "esse significativo espólio ao Arquivo de Cultura Portuguesa Contemporânea da Biblioteca Nacional", escreveu o ministro, numa nota de pesar enviada à Lusa.

Entre 1951 e 1953, codirigiu com os poetas António Luís Moita, António Ramos Rosa, José Terra e Raul de Carvalho, a revista Árvore, "subscrevendo, no n.º 1, em 'A Necessidade da Poesia', a liberdade e a isenção como imperativos da escrita poética", indicou Castro Mendes, acrescentando que "este 'ir até-ao-fim das possibilidades criadoras e expressivas', como defendeu, o definiu sempre".

Luís Amaro ingressou, em meados de 1970, no quadro da Fundação Calouste Gulbenkian, ao serviço da revista Colóquio/Letras, onde foi secretário da redação, diretor-adjunto e consultor editorial.

"Ao longo de décadas, colaborou com poesia nas mais diversas publicações - Portucale, Atlântico, Seara Nova, Távola Redonda - e também em prosa no suplemento Artes e Letras, do Diário de Notícias", sublinhou o ministro, destacando a "cultura extraordinária" de Luís Amaro, "sempre rigoroso e atento à investigação sobre a vida literária portuguesa".

O poeta, editor e bibliógrafo Luís Amaro morreu hoje, aos 95 anos, no Hospital Egas Moniz, em Lisboa, vítima de pneumonia, anunciaram a Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas (DGLAB) e a Fundação Calouste Gulbenkian.

O velório está a decorrer desde as 18:00 na Igreja de Queluz, e o funeral parte do mesmo local, no sábado, às 10h30, para o Cemitério de Queluz, segundo detalhes facultados à Lusa pela Fundação Calouste Gulbenkian e pela família.

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