Livro sobre iluminação em museus portugueses ensina a captar olhar
Um livro que reúne vários estudos sobre a iluminação em museus portugueses, e ensina instrumentos de trabalho inéditos para captar o olhar dos visitantes, vai ser lançado na terça-feira, no Museu do Chiado, em Lisboa.
© Getty Images
Cultura Público
Intitulado 'Iluminação em Museus. A Descoberta da Obra de Arte', de Carmina Montezuma, o livro será lançado na terça-feira, no Museu Nacional de Arte Contemporânea - Museu do Chiado, em Lisboa, às 18:30, de acordo com a Direção-geral do Património Cultural (DGPC).
Neste livro - inserido na Coleção Estudos de Museus - são analisadas as mais recentes investigações científico-tecnológicas na área da neurofisiologia da visão e do seu processamento cerebral, bem como teorias e modelos cognitivo-emocionais relacionados.
A autora analisou as inovações luminotécnicas e uma nova área de especialização, o design de iluminação, para aceder ao conhecimento destas matérias, que, defende, "é imprescindível ao museólogo e ao curador, em particular na investigação, no inventário da obra de arte e no acompanhamento das diferentes fases de conceção, montagem e manutenção da iluminação", para as exposições.
O livro inclui a análise de três estudos de caso de iluminação em museus portugueses, e apresenta dois instrumentos de trabalho inéditos: o quadro de classificação ótica dos principais materiais e técnicas artísticas, e a ficha técnica de iluminação.
A obra revela uma abordagem interdisciplinar dos aspetos científicos fundamentais para a compreensão da complexa interrelação entre a luz, a visão e o objeto artístico.
"Numa época vincada pela cultura visual e pela globalização do conhecimento, os museus têm procurado criar estratégias educativas, num propósito de crescente envolvimento dos públicos", lê-se na sinopse da obra.
A iluminação museográfica "revela-se uma das soluções basilares, enquanto instrumento eficaz de sublimação estético-artística da obra de arte e um poderoso meio de captar a atenção visual e desencadear a interpretação e a comunicação entre os públicos e os museus".
Carmina Montezuma, nascida em 1970, é doutorada em Belas Artes, especialidade de Ciências da Arte, pela Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa (2012), mestre em Museologia e Património pela Universidade Nova de Lisboa (1996) e licenciada em História pela Universidade Autónoma Luís de Camões (1992).
Desde 2014 é responsável do Museu S. João de Deus - Psiquiatria e História, pertencente à Ordem Hospitaleira de S. João de Deus, tendo participado na organização deste museu, inaugurado a 8 de março de 2009.
De 1993 a 2007 trabalhou em diversas instituições museológicas e educativas, como o Palácio Nacional da Ajuda, no âmbito do Projeto 'Inventariação e Digitalização do Património Histórico-Cultural' (1999-2006), o Comissariado do Pavilhão da Santa Sé na Expo'98 (1997-1998), o Museu das Crianças (1996) e a Direção Regional de Educação de Lisboa, Ministério da Educação (1995 e 1996).
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