Nélida Piñon ganha Prémio Literário Vergílio Ferreira 2019

A escritora brasileira Nélida Piñon foi hoje distinguida com o Prémio Literário Vergílio Ferreira 2019, atribuído pela Universidade de Évora (UÉ), revelou à agência Lusa fonte da academia alentejana.

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Lusa
20/12/2018 13:42 ‧ 20/12/2018 por Lusa

Cultura

Escritores

A decisão foi tomada durante uma reunião do júri do prémio, presidido pelo professor da UÉ Antonio Sáez Delgado e que integra também os docentes universitários Cláudia Afonso Teixeira (UÉ), Fernando Cabral Martins (Universidade Nova de Lisboa) e Ângela Fernandes (Universidade de Lisboa), assim como a crítica literária Anabela Mota Ribeiro.

Instituído pela UÉ em 1996, para homenagear o escritor que lhe dá o nome, o prémio destina-se a galardoar anualmente o conjunto da obra literária de um autor de língua portuguesa relevante no âmbito da narrativa e/ou ensaio.

Segundo uma nota da UÉ, o júri decidiu atribuir este ano o prémio a Nélida Piñon pela "latitude e profundidade da sua obra, que revela uma linguagem capaz de estabelecer e harmonizar um diálogo fértil entre a memória feminina e a história".

Nascida no Rio de Janeiro (Brasil) em 1937, Nélida Piñon, de 81 anos, foi a primeira mulher a presidir à Academia Brasileira de Letras, em 1996, e é uma das maiores escritoras brasileiras vivas, cuja obra tem sido distinguida com diversos prémios.

Segundo a biografia publicada na página de Internet da sua editora em Portugal, a escritora tem uma extensa produção literária, traduzida em diversas línguas e distinguida com os prémios Rosalía de Castro, Jabuti, Casa de las Americas e o Príncipe de Astúrias das Letras, entre outros.

A autora tem editados em Portugal, entre outros, os títulos "A República dos Sonhos", "Livro das horas" e "Aprendiz de Homero".

A Universidade de Évora indicou que a edição 2019 do Prémio Literário Vergílio Ferreira contou com candidaturas oriundas de quatro países e que a cerimónia de entrega do galardão realiza-se, no dia de 01 de março de 2019, data em que se assinala a morte do escritor.

Para esse dia, referiu a academia, está prevista a realização de uma cerimónia que contará com as intervenções da premiada, do júri e da reitora da UÉ.

O prémio foi atribuído pela primeira vez a Maria Velho da Costa, a que se seguiram, entre outros, Mia Couto, Almeida Faria, Eduardo Lourenço, Agustina Bessa Luís, Vasco Graça Moura, Mário Cláudio, Luísa Dacosta, José Gil, Hélia Correia Lídia Jorge e João de Melo, tendo sido galardoado na edição de 2018 o escritor Gonçalo M. Tavares.

 

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