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Nástio Mosquito abre programa sobre arte da Bienal de Veneza

O artista angolano Nástio Mosquito vai abrir, com uma performance, o programa "Encontros sobre Arte" da 58.ª Bienal Internacional de Arte de Veneza, em Itália, a partir de 11 de maio, anunciou hoje a organização.

Nástio Mosquito abre programa sobre arte da Bienal de Veneza
Notícias ao Minuto

17:24 - 30/04/19 por Lusa

Cultura Artistas

De acordo com a organização do certame dedicado à arte contemporânea, os 'Encontros sobre Arte' vão apresentar um programa de conversas, performances e conferências, ao longo da Bienal, que se prolonga até 24 de novembro.

Nástio Mosquito, artista cuja obra tem passado pela música, artes plásticas e performance, é um dos convidados para participar no programa, a par de Boychild, Alex Baczynski-Jenkins, Vivian Caccuri, Cooking Sections, Invernomuto, Paul Maheke, Nkisi, Victoria Sin, Florence Peake e Eve Stainton, Vivien Sansour, Zadie Xa, e Bo Zheng, entre outros.

"Nas suas diversas práticas - dança, música e artes visuais - estes artistas abrem novas possibilidades de leitura de territórios mais vastos. Através da sua curiosidade e abordagens transnacionais, propõem formas mais complexas que desafiam a perceção dos tempos que vivemos atualmente", sublinha a organização da Bienal de Veneza, num comunicado hoje divulgado.

O artista angolano irá abrir o programa, a 11 de maio, na zona dos Giardini, em Veneza, com uma criação que terá a duração de duas horas intitulada "No.One.Gives.A.Mosquito's.Ass.About.Our.Performance".

Nascido em 1981, no Huambo, saiu de Angola ainda jovem para estudar em Coimbra, e depois rumou a Lisboa, onde desenvolveu o seu trabalho musical durante dois anos no Hot Club, e já adulto seguiu para Londres, onde estudou produção em media, tendo regressado depois ao seu país de origem.

O seu trabalho tem passado pelo vídeo, fotografia, instalações, palavra, performance e música, com álbuns editados como "Why Do You Care" (2012) e "Se Eu Fosse Angolano" (2013).

A Bienal de Arte de Veneza 2019, com curadoria do britânico Ralph Rugoff, diretor da Hayward Gallery, em Londres, tem este ano como tema "Tempos Interessantes", e contará, este ano, com 91 representações nacionais, incluindo Portugal.

A presença oficial portuguesa na 58.ª Bienal de Arte de Veneza terá curadoria de João Ribas e projeto da artista plástica Leonor Antunes, que se intitula "a seam, a surface, a hinge or a knot" ("uma costura, uma superfície, uma dobradiça ou um nó", em tradução livre).

A pesquisa de Leonor Antunes reflete o trabalho de figuras importantes no contexto da arquitetura de Veneza, como Carlo Scarpa, Franco Albini e Franca Helg e, mais recentemente, Savina Masieri e Egle Trincanato.

O projeto de Leonor Antunes será apresentado no piso nobre no Palazzo Giustinian Lolin, onde estará instalado o Pavilhão de Portugal, que tem pré-abertura marcada para 08 de maio.

O Brasil e Moçambique vão participar na 58.ª Bienal Internacional de Arte de Veneza, respetivamente, com os projetos "Swinguerra", e "The Past, the Present and All in Between".

Quanto, a Angola, que tem vindo a participar nas edições da Bienal desde 2013, tendo, nesse ano, ganhado o Leão de Ouro, o maior galardão atribuído ao pavilhão de um país, este ano estará ausente, "por não terem sido reunidas as condições", como anunciou o governo angolano em janeiro deste ano.

Em 2017, Portugal foi representado na Bienal pelo escultor José Pedro Croft, por proposta do curador e comissário João Pinharanda.

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