Time For T estreiam-se em Paredes de Coura à boleia de 'Galavanting'
O último dia do festival Paredes de Coura é também marcado pela estreia dos Time For T, liderados por Tiago Saga, que preparam o lançamento do álbum 'Galavanting', previsto para outubro e influenciado pelo regresso do músico a Portugal.
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Cultura Festival Paredes de Coura
Em entrevista à agência Lusa, antes de atuar pela primeira vez no evento que decorre em torno da Praia Fluvial do Taboão, o vocalista admitiu que sempre gostou da ideia de tocar um dia num dos palcos do recinto, perante um "dos públicos mais bonitos do país, em termos de energia e espírito".
"Só temos 40 minutos, vamos enfiar as melhores canções que sabemos e tocá-las da melhor maneira possível, com mais energia e o mais afinados possível. Já viemos tocar no Sobe À Vila uma vez e deu para sentir e energia do festival, é um dos públicos mais bonitos do país em termos de energia e espírito. Esperamos conseguir capturar isso e tocar um concerto incrível", revelou.
Depois de três EP, o projeto que começou quando Tiago se mudou para Brighton, durante sete anos, assinou o primeiro longa-duração, 'Hoping Something Anything', em 2017, influenciados por uma viagem à Índia, algo ainda presente no novo disco, mas baseado no regresso do músico a Portugal.
"Cresci em Portugal, formei a banda em Brighton, vivi lá sete anos e isto [disco "Galavanting"] foi mais matar a saudade. É tradicional e cliché, mas é o conforto de voltar a casa. As letras não falam de coisas pesadas e intensas como o último, é algo menos dramático, confortável, como o regresso a casa", indicou.
O quarteto composto pelo inglês Joshua Taylor, o espanhol Juan Toran e o brasileiro Felipe Bastos, fugiu da forma convencional de gravarem fechados num estúdio, e fez 'Galavanting' num estúdio ambulante, percorrendo os sítios de que mais gostam.
"A sonoridade é bem diferente, a brincadeira que fizemos com o álbum foi gravá-lo em sítios em que gostamos de passar tempo e levámos um estúdio ambulante para gravar. Depois misturámos num estúdio como deve ser. Mas dá para ouvir isso no som do álbum, tem uma sonoridade mais aventurosa", apontou Tiago Saga.
A aventura é uma "mensagem transversal em todo o álbum", sugerido pelo próprio título, sendo um grupo que vive com o espírito de viver na estrada sem saber o que vem na próxima esquina, mas é assim que se sentem "confortáveis e até entusiasmados".
"É algo que a nossa geração está a perder, porque é tudo calculado. É preciso ver se um parque de campismo tem boa nota para podermos acampar, ou ver uma foto desse parque nas redes sociais e querer ir, porque parece fixe. Claro que a tecnologia traz os seus benefícios e sou uma pessoa que a usa com todo o gosto, mas está a roubar o espírito aventureiro dos seres humanos", disse.
Está planeada uma digressão por toda a Península Ibérica, em outubro, e uma outra europeia, em fevereiro, assim que o álbum sair, estando todas as grandes cidades de Portugal assinaladas no destino, naquele que é "o melhor trabalho" feito até agora pelos Time For T.
"Este álbum, certamente, está melhor em termos de energia e qualidade de som. Há menos 'folk e blues', é uma 'cena' mais tropical. Foi gravado com um baterista brasileiro, o Felipe, então a 'ginga' brasileira entrou. Tem uma sonoridade diferente", explicou.
Os Time For T inauguram o último dia do festival Paredes de Coura, no palco secundário, seguidos por Ganso, no palco principal. Há ainda Alice Phoebe Lou, Mitski, Sensible Soccers, Patti Smith, Kamaal Williams, Freddie Gibs e Madlib e Suede. No palco 'after hours', a festa de encerramento fica a cargo de Flohio e Jayda G.
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