N'Os Jardins do Presidente' há caixas com bananas e cabeças degoladas
Romance passa-se no Iraque, no tempo de Saddam Hussein, e, dizem os críticos, traz à memória obras como ‘Cem Anos de Solidão’, de Gabriel García Márquez, e ‘O Menino de Kabul’, de Khaled Hosseini.
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Cultura Livro
Mushsin Al-Ramli é o autor de ‘Os Jardins do Presidente’, um livro que os críticos do jornal britânico The Guardian descrevem como um “estudo profundo comovente sobre o amor, a morte e a injustiça”.
Nesta obra, publicada em Portugal neste verão, conta-se a história de um país onde não havia bananas. Mas um dia – no terceiro do Ramadão – os habitantes de uma aldeia acordaram e depararam-se com nove caixas de bananas, cada uma contendo a cabeça degolada de um dos seus filhos.
Entre os mortos estava Ibrahim, o Predestinado, um dos homens mais procurados do Iraque.
“Como teria este homem bom e humilde conquistado a inimizade de tantos? O que fizera ele para merecer tal morte? A resposta reside na amizade que partilhou a vida inteira com Abdullah Kafka e com Tariq, o Deslumbrado”, lê-se na descrição do livro.
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Além de Abdullah Kafka e Tariq, o segredo está também nos “portões trancados dos Jardins do Presidente, enterrado com as incontáveis vítimas de um reinado impiedoso de terror”.
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