No setor da música é lançado apelo às câmaras municipais

O músico João Gil e o promotor António Miguel Guimarães apelaram hoje às câmaras municipais para que criem um fundo de investimento cultural, porque "o mundo do espetáculo colapsou" com as medidas de proteção contra a doença Covid-19.

Notícia

© Facebook / João Gil

Lusa
17/03/2020 18:30 ‧ 17/03/2020 por Lusa

Cultura

Covid-19

 

Em comunicado, o músico e o promotor propõem a criação de um fundo, "como medida urgente e transitória", através do qual as câmaras municipais assegurem "o seu serviço público musical, realizando espetáculos digitais".

O objetivo é que "se mantenha e reforce o serviço público de apoio à criação musical não deixando cair a música e os seus protagonistas num situação de insustentabilidade", referem os dois responsáveis.

A proposta é feita dias depois de terem sido cancelados ou adiados vários concertos e espetáculos pelo país, com a suspensão de programação cultural e encerramento de espaços culturais como medida restritiva para conter a pandemia da doença Covid-19.

O apelo surge ainda no dia em que tem início um festival - @FestivalEuFicoEmCasa - com atuações de quase 80 músicos até domingo, com transmissão em direto, e de forma gratuita, através da rede social Instagram.

João Gil, que também é coordenador da estrutura de missão Portugal Maior, e o promotor António Miguel Guimarães, recordam que "artistas, músicos, técnicos, agentes, produtores se encontram privados de fazer o trabalho e de ganhar a remuneração justa".

O apelo é para que as câmaras municipais contratem músicos e artistas dos respetivos concelhos, para atuações que sejam gravadas ou transmitidas pela Internet.

"Quem comece imediatamente este programa, com uma transmissão diária à população. Que pague equitativamente e igual a todos os músicos e artistas contratados", elencam.

João Gil e António Miguel Guimarães reforçam o apelo dizendo: "Não deixar na miséria os Músicos e Artistas profissionais que impulsionam toda a industria musical, é urgente".

O coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 infetou mais de 180 mil pessoas, das quais mais de 7.000 morreram.

Das pessoas infetadas em todo o mundo, mais de 75 mil recuperaram da doença.

O surto começou na China, em dezembro, e espalhou-se por mais de 145 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

Em Portugal, há 448 casos confirmados de infeção. Na segunda-feira registou-se a primeira morte em consequência da doença.

Portugal está em estado de alerta desde sexta-feira, e o Governo colocou os meios de proteção civil e as forças e serviços de segurança em prontidão.

Entre as medidas para conter a pandemia, o Governo suspendeu as atividades letivas presenciais em todas as escolas desde segunda-feira e impôs restrições em estabelecimentos comerciais e transportes, entre outras.

O Governo também anunciou o controlo de fronteiras terrestres com Espanha, passando a existir nove pontos de passagem e exclusivamente destinados para transporte de mercadorias e trabalhadores que tenham de se deslocar por razões profissionais.

 

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas