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Caminha e La Guardia juntas na candidatura à Unesco

Os municípios português de Caminha e galego de La Guardia anunciaram hoje a intenção de avançar com uma candidatura conjunta da foz do rio Minho a Paisagem Cultural da Unesco, mas sem estabelecer prazos.

Caminha e La Guardia juntas na candidatura à Unesco
Notícias ao Minuto

19:02 - 20/12/13 por Lusa

Cultura Rio Minho

Segundo fonte do município português, as duas autarquias decidiram hoje criar uma "equipa conjunta" para elaborar um caderno de encargos deste projeto, embora admitindo que o processo de candidatura venha a ser "moroso" e "desenvolvido por etapas".

Os dois autarcas descrevem o projeto como "ambicioso e importante para a região".

O Minho é um rio internacional que nasce a 750 metros de altitude, na Serra da Meira, na Galiza, Espanha. Percorre 300 quilómetros até à foz, dos quais 75 como fronteira natural entre Portugal e Espanha.

Do lado português, atravessa ainda os concelhos de Vila Nova de Cerveira, Valença, Monção e Melgaço.

Apresenta atualmente vários problemas de navegabilidade e já este ano a liderança anterior do município de Caminha, nas mãos do PSD, tinha anunciado um plano conjunto com La Guardia, a implementar a médio prazo, para tornar este curso de água internacional navegável, desde a foz até Valença.

Esse projeto, que chegou a ser apresentado ao governo português no último verão, sob o lema "O Minho que nos une", previa igualmente uma candidatura do rio Minho à Unesco e a implementação de cruzeiros turísticos na região.

A autarquia de Caminha mudou entretanto de mãos, com a reconquista pelo PS, através de Miguel Alves, ao fim de 12 anos de liderança social-democrata.

Os dois atuais executivos municipais de Caminha e de La Guardia promoveram hoje o I Encontro dos Municípios da Foz do Minho, com o objetivo de abordar os problemas comuns nesta área, tendo ambos anunciado no final a intenção de avançar com esta candidatura à Unesco.

Foi ainda divulgada a "suspensão" do conflito judicial sobre os custos de manutenção e receitas do ferryboat que liga as duas localidades, processo que corre termos no Tribunal Administrativo e Fiscal de Braga (TAFB).

Foi movido já em 2013 pela Câmara de Caminha (PSD), após vários anos de desentendimento sobre os valores em atraso por parte de La Guardia na exploração conjunta do ferryboat, cujos custos de operação são integralmente assegurados pela autarquia portuguesa.

"O acordo alcançado abre um caminho de diálogo, com Caminha a pôr fim à norma da litigância que caracterizou os últimos anos, enquanto La Guardia reconhece ser devedor e reafirma a intenção de pagar o devido", explicou fonte do município liderado por Miguel Alves.

Além do pedido de suspensão conjunto deste conflito judicial, as duas autarquias acordaram que as receitas da bilheteira do ferryboat cobradas em La Guardia passam já a partir de janeiro a ser encaminhadas para o município de Caminha.

"Entretanto, o executivo galego compromete-se, nos primeiros três meses de 2014, a apresentar a Caminha um plano de pagamento", explicou a mesma fonte.

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