Ennio Morricone e John Williams vencem Prémio Princesa das Astúrias
Os compositores Ennio Morricone e John Williams foram distinguidos hoje, em Oviedo, Espanha, com o Prémio Princesa das Astúrias das Artes 2020, que reconhece o "valor fundamental" da sua criação musical para o cinema.
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Cultura Compositores
O júri do prémio sublinha que os dois autores premiados "enriqueceram centenas" de filmes com o seu talento: enquanto Morricone construiu a sua reputação a compor música da Europa, nos filmes do Oeste Selvagem Americano, Williams "transferiu" o espírito da tradição sinfónica vienense para os êxitos cinematográficos de Hollywood.
Os dois autores têm em comum à sua extensa e variada obra e a sua "deslumbrante capacidade para atravessar gêneros e fronteiras", sendo "dois dos compositores vivos mais respeitados em todo o mundo".
Ennio Morricone nasceu em Roma, em 10 de novembro de 1928, e formou-se em todas as especialidades de composição musical, sendo o autor, entre muitas outras obras, das bandas sonoras mais conhecidas dos chamado 'western spaghetti' do cineasta Sergio Leone.
Em 2016 ganhou o Globo de Ouro e o Óscar, pela banda sonora de "Os Oito Odiados", do realizador Quentin Tarantino.
Autor de bandas sonoras de filmes como "Era Uma Vez na América", "A Missão", "Os Intocáveis", "Cinema Paraíso", Morricone compôs originais para a portuguesa Dulce Pontes, com quem contou no álbum "Focus" (2003). Dulce Pontes participou também numa série de concertos comemorativos dos 60 anos de carreira do maestro e compositor italiano, em 2017.
John Williams nasceu em Nova Iorque, em 08 de fevereiro de 1932, e é considerado um dos compositores mais populares da era moderna, tendo composto a música de algumas das bandas sonoras mais emblemáticas da história do cinema: "Tubarão", "Encontros Imediatos de 3.º Grau", "E.T.", "Super-Homem", "Indiana Jones", "A Lista de Schindler", "Parque Jurássico", os três primeiros filmes do Harry Potter e o que é considerado a banda sonora mais popular da história do cinema, a "Guerra das Estrelas", entre outras.
Este é o segundo dos oito Prémios Princesa das Astúrias a ser entregue este ano depois de o da Concórdia ter sido atribuído na quarta-feira aos profissionais de saúde, espanhóis, que estiveram em contacto direto com os doentes da covid-19.
Cada prémio consiste numa escultura do pintor e escultor espanhol Joan Miró -- símbolo que representa o galardão -, 50.000 euros, um diploma e uma insígnia, que nos anos anteriores foi entregue numa cerimónia solene presidida pelo rei de Espanha, Felipe VI, no teatro Campoamor, em Oviedo.
O Prémio das Artes foi concedido, em anos anteriores, a personalidades ou entidades como o encenador britânico Peter Brook (2019), o ilustrador e realizador de cinema de animação William Kentridge (2017), o cineasta Francis Ford Coppola (2015), o arquiteto Norman Foster (2009), o músico Bob Dylan (2007) e o realizador Woody Allen (2002), entre outros.
Este galardão distingue "o trabalho de criação e aperfeiçoamento da cinematografia, teatro, dança, música, fotografia, pintura, escultura, arquitetura e outras manifestações artísticas".
Em termos mais gerais, os Prémios Princesa das Astúrias distinguem o "trabalho científico, técnico, cultural, social e humanitário" realizado por pessoas ou instituições a nível internacional.
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