Marcelo felicita Lídia Jorge por Prémio da Feira do Livro de Guadalajara

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, felicitou hoje a escritora Lídia Jorge por ter sido distinguida com o Prémio da Feira Internacional do Livro de Guadalajara, no México.

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Lusa
31/08/2020 13:40 ‧ 31/08/2020 por Lusa

Cultura

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Numa nota divulgada no portal da Presidência da República na Internet, saudou Lídia Jorge por "mais uma distinção internacional", que foi anunciada na sexta-feira.

O chefe de Estado referiu que "este galardão, que premeia autores de línguas românicas, e que já tinha sido atribuído a António Lobo Antunes, tem a marca de um autor mexicano universal, Juan Rulfo, e de uma feira do livro que é uma das mais importantes do mundo e que, há dois anos, escolheu Portugal como país convidado".

"O júri desta edição destacou a originalidade, a subtileza, a independência e a humanidade de Lídia Jorge, lembrando assim, uma vez mais, a relevância de uma obra romanesca que interroga a História, os vencedores e vencidos, e que resgata a memória e a palavra crítica num mundo que enfrenta tantas ameaças", acrescentou Marcelo Rebelo de Sousa.

Lídia Jorge foi a 30.ª distinguida com o principal prémio de literatura da Feira de Guadalajara, que antes só tinha sido atribuído a um escritor português, António Lobo Antunes, em 2008.

O galardão mexicano junta-se ao Prémio Tributo de Consagração Fundação Inês de Castro/2019, atribuído a Lídia Jorge em julho passado.

A autora, nascida há 74 anos em Boliqueime, no Algarve, foi já distinguida com outros galardões, como o Prémio Vergílio Ferreira (2015), o Prémio Luso-Espanhol de Cultura (2014), o Prémio Internacional de Literatura da Fundação Günter Grass (2006), o Grande Prémio de Romance da Associação Portuguesa de Escritores e o Prémio Correntes d'Escritas (2002), o Prémio Jean Monet de Literatura Europeia (2000) ou o Prémio D. Diniz da Casa de Mateus (1998).

Lídia Jorge estreou-se em 1980 com o romance "O Dia dos Prodígios". Desde então tem publicado vários títulos nas áreas do romance, conto, ensaio e teatro.

Os escritores brasileiros Ruben Fonseca, em 2003, e Nélida Piñon, em 1995, foram os outros autores de língua portuguesa distinguidos com o principal prémio da Feira Internacional do Livro de Guadalajara.

Lídia Jorge sucede ao mexicano David Huerta, premiado em 2019.

Em espanhol, a escritora tem editados os títulos "Notícia da Cidade Silvestre" (Alfaguara, 1990), "O Jardim sem Limites" (Alfaguara, 1995), "A Costa dos Murmúrios" (Alfaguara 2001), "O Vale da Paixão" (Seix Barral, 2001) e "Marido e Outros Contos" (Edicións Xerais de Galicia, 2005).

A Feira Internacional do Livro de Guadalajara, a segunda maior do mundo, no mercado livreiro, depois da feira de Frankfurt, na Alemanha, vai decorrer este ano entre 28 de novembro e 06 de dezembro.

O prémio será entregue no dia de abertura da feira.

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