Iniciativa da autarquia do distrito de Aveiro, em colaboração com o Cineclube de Avanca, o evento apresenta-se focado "numa competição de longas-metragens entre a ficção e o documentário", reunindo obras premiadas nas últimas edições de cinco festivais portugueses de cinema: Avanca, DocLisboa, Fantasporto, IndieLisboa e Lisbon & Sintra Film Festival (LEFFEST).
O Azeméis Film Festival visa devolver à cidade a dinâmica de promoção cinematográfica que aí existiu há algumas décadas, quando o Cineteatro Caracas e os Estúdios Gemini "atraíam multidões", como recordou o presidente da autarquia, quando da apresentação do festival, em setembro.
Segundo Joaquim Jorge Ferreira, essas salas "tiveram um papel muito importante na exibição de cinema e divulgação dessa arte" ao nível regional, mas foram perdendo espectadores para os complexos comerciais, devido à maior oferta dessas estruturas, e acabaram desativadas por falta de receitas.
O Cineteatro Caracas está, porém, a ser requalificado pela Câmara, atual proprietária do imóvel, e os Estúdios Gemini, com gestão privada, continuam a ter atividade cultural, acolhendo a primeira edição do Azeméis Film Festival.
A edição de estreia reúne cinco obras premiadas no último ano: 'De los nombres de las cabras', dos espanhóis Silvia Navarro e Miguel G. Morales, distinguida no Indielisboa; 'Tommaso', produção italiana do realizador norte-americano Abel Ferrara, premiada no LEFFEST; 'Por detrás da moeda', do português Luís Moya, que venceu o Fantasporto 2020; 'Eternal Winter', do cineasta húngaro Attila Szász, vencedor do Festival de Cinema de Avanca; e 'Santikhiri Sonata', do tailandês Thunska Pansittivorakul, premiado no DocLisboa.
O eleito entre os eleitos será decidido pelo júri composto pelos críticos de cinema Rui Pedro Tendinha, Jorge Leste e Paulo Portugal, pelos realizadores espanhóis Alfonso Palazon e Ana Diez Diaz, pela atriz e produtora russa Natalia Tsvetkova e pelo cinéfilo Tiago Barbosa.
Além desses filmes, o Azeméis Film Festival contou ainda com 'workshops' e debates.