'Arte em São Bento' mostra expressão da Coleção Figueiredo Ribeiro
Obras de arte contemporânea de artistas portugueses da Coleção Figueiredo Ribeiro estão, a partir de hoje, expostas na residência oficial do primeiro-ministro, em Lisboa, no âmbito da iniciativa 'Arte em São Bento', que poderá ser visitada durante um ano.
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Cultura Arte Contemporânea
O Palacete de São Bento, residência oficial do primeiro-ministro, acolhe, anualmente, desde 2017, uma seleção de obras de artistas contemporâneos portugueses, pertencentes a uma coleção privada de fora de Lisboa.
Este ano, a iniciativa apresentará uma seleção de obras de 40 artistas provenientes da Coleção Figueiredo Ribeiro, com curadoria de Ana Anacleto e João Silvério, cobrindo um período de 50 anos da produção artística portuguesa contemporânea.
Fernanda Fragateiro, André Cepeda, António Olaio, Nuno Cera, Adriana Molder, Ana Jotta, Bruno Cidra, Carlos Bunga, Diogo Evangelista, Edgar Martins, Fernando Calhau, Francisca Carvalho, João Pedro Vale, João Tabarra, Patrícia Garrido, Jorge Pinheiro, Miguel Palma, Pedro Barateiro, Rui Chafes e Sara Bichão são alguns dos artistas representados nesta exposição.
A Coleção Figueiredo Ribeiro está em depósito no município de Abrantes, estando na base da criação do Quartel da Arte Contemporânea, em 2016, para fruição pública.
Na sexta-feira, numa visita guiada para a comunicação social, os curadores da mostra, Ana Anacleto e José Silvério, sublinharam que a exposição com 75 obras de arte contemporânea portuguesa da nova edição da 'Arte em São Bento', "tornou-se uma plataforma de visibilidade" para os mais jovens, do conjunto de 40 artistas representados.
"É uma coleção internacional, com artistas estrangeiros, mas sobretudo voltada para uma produção nacional que foi acompanhada muito de perto, nomeadamente dos artistas mais jovens", sublinharam os curadores Ana Anacleto e José Silvério, em declarações à agência Lusa, durante a visita guiada à mostra.
A Coleção Figueiredo Ribeiro, um vasto acervo de 1.400 peças, encontra-se desde 2016 em depósito no município de Abrantes, e seu acesso deixou de ser privado para se tornar de fruição pública, no Quartel da Arte Contemporânea.
A obra mais antiga é de 1940, e o arco cronológico da coleção, com cerca de 80 anos, chega à atualidade, percorrendo, a atual seleção feita pelos comissários, 50 anos de produção artística. Cerca de metade das obras são expostas pela primeira vez.
"O colecionador [Fernando Figueiredo Ribeiro] deu atenção a artistas com menos representação no circuito artístico, e foi interessante pegar nesse fator característico da coleção", comentou o comissário José Silvério, um dos curadores desta edição da "Arte em São Bento".
A coleção "segue o trabalho de artistas históricos como Fernando Calhau, Jorge Pinheiro ou Fernanda Fragateiro, e também de artistas mais jovens, com um trabalho de cerca de cinco anos", descreveram os comissários à Lusa sobre o acervo que agora está espelhado no Palácio de São Bento.
Logo no piso térreo, os visitantes poderão ver, a partir de hoje, obras de artistas já com uma carreira reconhecida, como Rui Chafes, Fernando Calhau ou Fernanda Fragateiro, nomeadamente em escultura, que vão compondo um percurso pelos dois pisos da residência, abertos ainda a peças de fotografia ou pintura de Patrícia Garrido, Francisca Carvalho, Sérgio Carronha, Brígida Mendes, Dalila Gonçalves, Edgar Massul e Francisco Mendes Moreira.
A inauguração da 'Arte em São Bento 2020 -- Coleção Figueiredo Ribeiro' terá lugar hoje, 5 de outubro, às 11:30.
O evento inclui a abertura das novas salas remodeladas, no âmbito da iniciativa paralela "Design em São Bento", inaugurada em janeiro de 2020, com curadoria da diretora do Museu do Design e da Moda, Bárbara Coutinho, e que reúne 110 peças de mobiliário e artes decorativas provenientes de museus, empresas e coleções privadas de todo o país.
Hoje, a residência oficial do primeiro-ministro estará aberta ao público para visitas a ambas as mostras, de entrada gratuita, entre as 15h00 e as 19h00.
A iniciativa 'Arte em São Bento' foi criada em 2017 pelo gabinete do primeiro-ministro, com o objetivo de "afirmar a vitalidade da produção artística nacional e o seu contributo para projetar a imagem de um país inovador e contemporâneo".
Nas edições anteriores, acolheu a Coleção de Serralves (2017), a Coleção António Cachola/Museu de Arte Contemporânea de Elvas (2018) e a Coleção Norlinda e José Lima (2019), de São João da Madeira.
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