O Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia (MAAT), em Belém, Lisboa, optou por encerrar totalmente nos dois próximos fins de semana - dias 14 e 15, e 21 e 22 de novembro -, mas durante a semana mantém o horário diário das 11:00 às 19:00, indicou fonte da Fundação EDP, contactada pela agência Lusa.
O Museu Gulbenkian, nos dois próximos fins de semana, estará aberto das 9:30 às 12:00, em vez das habituais 10:00/18:00, indicou também fonte da Fundação Calouste Gulbenkian. As exposições temporárias "Esculturas Infinitas" e 'René Lalique e a Idade do Vidro' podem ser vistas durante o mesmo horário.
Quanto ao Museu Coleção Berardo, em Belém, vai encerrar aos sábados e domingos, às 13:00, com última entrada às 12h:30, e as atividades para adultos e famílias, previstas para esses fins de semana, passam a ser realizadas em novos horários indicados no sítio 'online' do museu.
O Museu do Dinheiro também estará encerrado ao público nos fins de semana de 14 e 15 e de 21 e 22 de novembro, face às restrições de circulação em espaços e vias públicas, mas permanecerá aberto de quarta-feira a sexta-feira, entre as 10:00 e as 18:00.
No Porto, o parque e museu da Fundação de Serralves também só estarão abertos durante a manhã, nos fins de semana do confinamento.
Contactado pela agência Lusa, o presidente da Associação Portuguesa de Museologia (APOM), João Neto, indicou que a direção da entidade vai recomendar aos seus associados a redução de horário ou o encerramento, "para seguir as recomendações do plano de prevenção" anti-covid-19 do Governo.
"Consideramos que os museus devem avaliar se vale a pena estarem abertos só de manhã, ou, se não se justificar, ou se puder afetar a segurança dos visitantes e funcionários, será mesmo de encerrar totalmente nesses dias", declarou.
João Neto disse ainda que a direção da APOM defende que as atividades já programadas devem ser distribuídas por outros dias, "tendo em atenção que os grupos de visitantes não devem ultrapassar as cinco pessoas, e, no caso de serem familiares, até ao limite de dez".
"Afinal, deve imperar uma boa avaliação das situações de cada museu e, sobretudo, o bom senso. Conciliar visitas e atividades com segurança para proteger a saúde de todos", defendeu o presidente da APOM, acrescentando que, desde sexta-feira, têm recebido dezenas de telefonemas dos museus associados de todo o país a pedir esclarecimentos sobre as novas regras de confinamento.
Também em resposta a um contacto da Lusa, a presidente do comité português do Conselho Internacional dos Museus (ICOM-Portugal), Maria de Jesus Monge, considerou que o encerramento dos museus, "que se encontram nas zonas a vermelho [da pandemia], deverá ser obrigatório", para proteger visitantes e funcionários.
"Estamos ainda a avaliar o impacto que estas novas regras vão ter nos museus do país", acrescentou a responsável.
A Lusa contactou a Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) para saber se há novas orientações sobre os horários dos museus, monumentos, palácios e sítios patrimoniais por si tutelados, no âmbito das novas regras anti-covid-19, e aguarda uma resposta.
Nos 121 municípios mais afetados pela pandemia vigora, até 23 de novembro, o recolher obrigatório entre as 23:00 e as 5:00, de segunda a sexta-feira, assim como "limitação da liberdade de circulação" nos fins de semana de 14 e 15 de novembro, e de 21 e 22 de novembro, de acordo com as novas regras de confinamento decretadas pelo Governo.
Nos fins de semana, a "limitação da liberdade de circulação" vigorará entre as 13:00 de sábado e as 5:00 de domingo e as 13:00 de domingo, e as 5:00 de segunda-feira.