Grupo Parlamentar do PS destaca figura maior das artes plásticas
O Grupo Parlamentar do PS manifestou hoje profundo pesar pela morte do escultor João Cutileiro, considerando que foi uma figura maior das artes plásticas e da cultura portuguesa e que deixa uma "vastíssima obra".
© Jorge Amaral/Global Imagens
Cultura João Cutileiro
João Cutileiro morreu hoje, aos 83 anos, após ter estado internado num hospital de Lisboa com graves problemas do foro respiratório.
"O Grupo Parlamentar do PS manifesta o seu mais profundo pesar pela morte do escultor João Cutileiro. Figura maior das artes plásticas e da cultura portuguesa, João Cutileiro deixa uma vastíssima obra que ficará para sempre como espólio inalienável do nosso património cultural", refere a bancada socialista em comunicado.
Para a bancada socialista, João Cutileiro, "além de escultor do amor e da liberdade", foi "também um homem de todas as artes plásticas".
"Na sua casa-atelier, doada entretanto pelo próprio ao Estado Português, foi também pintor, ceramista e pensador, numa coleção que inclui aguarelas e também azulejos reconhecidos como de grande qualidade", aponta o Grupo Parlamentar do PS.
No plano político, segundo a bancada socialista, João Cutileiro desafiou o Estado Novo em 1970, "produzindo a escultura de D. Sebastião, que pode ser apreciada na cidade de Lagos, no Algarve, tendo causado à época enorme celeuma no regime de então".
"Mais tarde, já em democracia, foi autor da escultura de homenagem ao 25 de Abril instalada no alto do parque Eduardo VII, em Lisboa. A obra escultórica de João Cutileiro é reconhecida nacional e internacionalmente, pelo intimismo e pela originalidade, e pela exploração das múltiplas potencialidades do mármore, e perdurará muito para além da sua vida", acrescenta-se.
O PS, através de uma nota publicada na página oficial na Internet, endereçou "as mais sinceras condolências à família" de João Cutileiro, "uma figura marcante da cultura portuguesa e um democrata" e uma "referência no panorama nacional, destacando-se pela forma original como trabalhava a pedra mármore".
O partido recordou também a ligação "à vida política e ao Partido Socialista", em particular a aceitação como mandatária pelo "distrito das campanhas presidenciais de Mário Soares e Jorge Sampaio", assim como em eleições legislativas e autárquicas.
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