'Desenhos na Areia' é o título da mostra com obras inspiradas, em particular, nos desenhos na areia da cultura dos Quiocos do nordeste de Angola, segundo a organização.
As serigrafias - cuja exposição vai ficar patente até 23 de maio, na galeria do CPS instalada no Centro Cultural de Belém - foram criadas com base em projetos originais recentes do artista que esteve envolvido em todo o processo, desde a conceção à assinatura, numa edição limitada de apenas 199 exemplares.
A obra gráfica de José de Guimarães, atualmente com 81 anos, foi alvo, em 2019, de uma grande retrospetiva, na exposição "Volta ao Mundo", na Biblioteca Nacional, em Lisboa, com curadoria de Raquel Henriques da Silva, na qual foi reunida uma seleção representativa do trabalho de gravura produzido pelo artista plástico desde a década de 1960 até final de 2018.
No total, apresentou cerca de 170 gravuras de diferentes épocas e técnicas, reveladoras dos percursos temáticos que ligam a arte de José de Guimarães às realidades e culturas de diferentes partes do mundo - da América Latina, passando por África ao extremo Oriente - e baseada no acervo que o artista tem doado à Biblioteca Nacional desde o início da década de 1970 e que integra 346 obras produzidas ao longo de 50 anos.
José de Guimarães está representado em museus e coleções nacionais e estrangeiros, nomeadamente no museu da Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, no Museu Real de Arte Moderna, em Bruxelas, nos museus de Arte Moderna de São Paulo e de Arte Contemporânea, no Rio de Janeiro, na Fundação Akemi, em Osaka, no Japão, no Museu Espanhol de Arte Contemporânea, em Madrid.
Atualmente, dezenas de obras criadas pelo artista, e as suas coleções de arte chinesa, africana e pré-colombiana, com milhares de artefactos, estão cedidas e expostas no Centro Internacional de Artes José de Guimarães, em Guimarães, cidade onde nasceu.
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