Máscara obrigatória, lugares sentados com o distanciamento de dois metros e desinfeção das mãos são requisitos obrigatórios para os espetadores, que não podem ter menos de 18 anos nem mais de 65.
Não terem estado infetados com o novo coronavírus nos últimos 90 dias e não pertencerem a grupos de risco são outros requisitos, tendo ainda os espetadores que dar consentimento para tratamento de dados e permissão para serem contactados pela Direção-Geral da Saúde (DGS).
"A intenção é mostrar à DGS que isto se consegue fazer com segurança e replicar. Hoje é com 400 pessoas, daqui a um mês ou dois pode ser com 4.000", disse Paulo Dias, da Associação de Promotores de Espetáculos, Festivais e Eventos.
Para Paulo Dias, há fórmulas eficazes para que os congressos, os espetáculos e os festivais se voltarem a fazer, com segurança.
"Haja vontade política. Com vontade política, tudo se resolve", acrescentou.
Jorge Mendes e Elisabete Silva foram os primeiros espetadores a ocupar os seus lugares para o espetáculo de hoje e não escondiam o regozijo pelo regresso dos eventos.
"Está tudo bem organizado, foi toda a gente testada, parece-me que tem tudo para correr bem", referiu Jorge Mendes, 57 anos e fã de Fernando Rocha.
Elisabete Silva, por sua vez, sublinhou a importância destes eventos para "levantar o moral" de quem passou tanto tempo confinado em casa.
"Dizem que rir e o melhor remédio e é isso mesmo que esperamos deste espetáculo", referiu.
Pelo mesmo diapasão afinaram Bruno Lomba e a namorada, Marta Castilho, que não perderam a oportunidade de uma noite de gargalhadas, ainda por cima a um preço simbólico (dois euros).
"A logística é um bocadinho complicada, mas entendemos que tem de ser assim. E acaba por valer a pena, porque o que faz falta é animar a malta", atirou Bruno Lomba.
O espetáculo tem como palco o recinto exterior do Altice Forum Braga, que na sexta-feira vai acolher um concerto de Pedro Abrunhosa, também para 400 pessoas, mas em pé.
Haverá dois outros eventos teste, um no Campo Pequeno, em Lisboa, para mil pessoas sentadas, e outro em Coimbra para mil pessoas em pé, que ainda não têm data marcada mas que acontecerão muito em breve.
"Estávamos há muitos meses ansiosos por chegar aqui. Logo que o Governo deu luz verde, cá estamos para provar que é possível voltar os grandes eventos, com segurança. Assim haja vontade política", reiterou Paulo Dias.
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