Marionetas regressam a Montemor-o-Novo após um ano de ausência

Teatro, 'performance', exposições ou concertos compõem o Encontro Internacional de Marionetas de Montemor-o-Novo (Évora), que regressa à cidade alentejana, na quarta-feira, depois de a edição do ano passado ter sido cancelada, devido à covid-19.

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Lusa
25/05/2021 13:24 ‧ 25/05/2021 por Lusa

Cultura

Covid-19

O certame, que vai na 13.ª edição, prolonga-se até ao dia 06 de junho, em diversos palcos, e é promovido pela associação cultural Alma d'Arame, sediada em Montemor-o-Novo.

"Mesmo que o encontro do ano passado não tenha acontecido, não cruzámos os braços. Depois de um ano de interrupção por força da pandemia, voltamos cheios de energia para que esta edição valha por duas", assinalou hoje o diretor artístico da Alma d'Arame, Amândio Anastácio.

O programa desta edição de 2021, em que a entidade promotora comemora os 15 anos de existência, é preenchido por teatro de marionetas, desde espetáculos mais tradicionais a criações contemporâneas, 'performance', 'workshops', concertos, exposições e instalação.

Diversas companhias e artistas nacionais e estrangeiros, de França, Espanha, Alemanha e Polónia, dão corpo à programação multidisciplinar do certame, cujos espetáculos internacionais integram a extensão a Montemor-o-Novo do Festival de Teatro Ibérico de Lisboa, que vai ter lugar entre 01 e 04 de junho.

O "pontapé de saída" do 13.º Encontro Internacional de Marionetas é dado pela companhia francesa MECANIkA, com o espetáculo "NOVO -- La Nuit", na quarta e na quinta-feira, no Cineteatro Curvo Semedo.

Dirigida pelo marionetista e cenógrafo Paulo Duarte, "cujo admirável percurso na arte das marionetas é inquestionável", esta produção é "um olhar onírico, por vezes divertido, trágico e contemplativo sobre o quotidiano nas cidades", notou a Alma d'Arame.

O projeto "analisa a relação entre a banal, mas vertiginosa, complexidade material da cidade atual e a singularidade das mais simples situações humanas", questionando "o modo de representação da cidade", resumiu.

Na quarta-feira, às 18:00, antes do espetáculo, que decorre à noite, é também inaugurada a exposição "Há Pássaros no Cine-Teatro Curvo Semedo", da Alma d'Arame, que pode ser visitada, ao longo de todo o encontro de marionetas, no 'foyer' do cineteatro.

Resultante do projeto "Aqui Também Há Pássaros", desenvolvido pela Alma d'Arame no Lar do Abrigo dos Velhos Trabalhadores de Montemor-o-Novo e seus idosos, trata-se de uma mostra multissensorial.

"Um espaço preparado para o diálogo entre pessoas, árvores e pássaros, onde podemos ouvir, recordar e partilhar memórias. As memórias ativadas pelos pássaros que nos habitam", indicou a companhia organizadora.

Os espetáculos "Qubim", de Trupe Fandanga, "Duas Casas -- Teatro com coisas lá dentro", de Pedro Saraiva e produzido por Imaginar do Gigante, "O Vendedor de cacetadas", de Era Uma Vez -- Teatro de Marionetas, e "Um dia serei grande", da Companhia BAAL17, também constam do programa.

Vão ainda subir ao palco as criações "Solitária", da Alma d'Arame, "M.A.R", de Andrea Díaz Reboredo, "Fado Mimado", d'Orfeu, "Máquina de Encarnar", da estrutura criativa Asta, "NIYAR -- A paper tale", de Maayan Iungman, e "Maiakovski - O regresso do futuro", do Teatro de Ferro -- Teatro de Marionetas do Porto.

A programação inclui, entre outros momentos, uma 'performance' musical pela associação cultural Sonoscopia, um concerto pelo Quarteto Pedro Silva, animação de rua por Allena Svoboda e Pina Polar e a apresentação pública da Associação Descampado.

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