A extensão do programa foi aprovada a 22 de abril em Conselho de Ministros e o decreto-lei foi publicado hoje, em Diário da República. Este decreto-lei altera o Fundo de Apoio ao Turismo e Cinema, para que o programa de incentivos fiscais à produção cinematográfica e audiovisual se estenda até 2023, com efeitos até 2024.
A medida pretende "compensar o que, em resultado da covid-19, não foi possível concretizar ao nível da captação de filmagens para Portugal" em 2020, mas também para "reforçar a confiança dos produtores nacionais e internacionais neste mecanismo de apoio", lê-se no decreto-lei.
Segundo o documento, aquele fundo poderá ser reforçado "com recurso a saldos de gerência de reembolsos de beneficiários de fundos europeus do Turismo de Portugal, no montante máximo de 12 milhões de euros, no exercício de 2023".
O Fundo de Apoio ao Turismo e Cinema entrou em vigor a 20 de junho de 2018, com capital de 30 milhões de euros - extensível até um máximo de 50 milhões de euros -, dos quais 10 milhões de euros seriam aplicados "anualmente como incentivo à produção cinematográfica e à captação de filmagens internacionais".
Para obter este incentivo, as produtoras têm de fazer uma despesa mínima em Portugal entre 250 mil euros e de 500 mil euros, consoante os projetos a rodar em território nacional ou consoante a participação de profissionais portugueses em diferentes áreas de produção. A taxa de apoio é de 25%, que pode ser majorada para 30%, sobre a despesa elegível.
Entre os projetos já apoiados com este programa de incentivo estão, por exemplo, "Frankie", de Ira Sachs, "Rambo - Last Blood", de Adrian Grunberg, "Colour out of space", de Richard Stanley, "Hellboy", de Neil Marshall, "A Herdade", de Tiago Guedes, e a série televisiva "Sul", de Ivo M. Ferreira.
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