Numa nota de pesar enviada à agência Lusa, Graça Fonseca recordou o percurso profissional do ator, iniciado no final da década de 1950, que se destacou "sobretudo no Parque Mayer e no teatro de revista", e enviou "sentidas condolências" à família e aos amigos do ator.
"Homem do espetáculo completo, com uma dedicação incansável à arte da representação, Carlos Miguel é um dos nomes inesquecíveis da comédia portuguesa, não apenas pelo seu percurso teatral, mas também pelo seu trabalho em televisão", destaca a ministra.
"A cultura portuguesa perde um artista talentoso", prossegue Graça Fonseca, acrescentando que Carlos Miguel era "visto como imaginativo e generoso por muitos dos que com ele trabalharam e que muito fez pelo humor em Portugal, tanto nos palcos como nos ecrãs".
O ator Carlos Miguel, nome da comédia e do teatro de revista, conhecido como O Fininho, do antigo concurso "1, 2, 3" da RTP, morreu no sábado, em Santarém, aos 77 anos, disse à agência Lusa fonte familiar.
Carlos Miguel encontrava-se internado no Hospital de Santarém e morreu de doença prolongada.
Ator, artista plástico, escritor, Carlos Miguel construiu uma carreira de cerca de 40 anos, grande parte dela nos palcos do teatro de comédia e de revista, sobretudo no Parque Mayer, em Lisboa.
Numa entrevista à RTP, em 2010, que o levou de novo aos cenários do teatro de revista em Portugal, então desabitados, Carlos Miguel recordou "Lisboa, Tejo e Tudo", de César de Oliveira, Raul Solnado e Fialho Gouveia, que protagonizou durante dois anos, como a sua produção preferida.
Um cancro nas cordas vocais, em 1998, afastou-o da profissão e de Lisboa, onde nascera, para se fixar numa aldeia do Ribatejo.
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