Criada a Filmaporto - film comission que vai atribuir cinco bolsas anuais
O Filmaporto - film commission, cuja missão é facilitar e atrair filmagens para o Porto, vai atribuir cinco bolsas anuais de 20 mil euros, adiantaram hoje responsáveis do projeto.
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Cultura Cinema
"Vamos apoiar o cinema através de financiamento, através de um conjunto de cinco bolsas apelidadas de Neves e Pascaud dado que, até à data, o apoio financeiro atribuído a este setor era feito de forma casuística", disse o diretor artístico do Centro de Cinema e do Departamento de Cinema e Imagem em Movimento da empresa municipal Ágora, Guilherme Blanc.
Estas bolsas são um "incentivo" à dinâmica do setor e à sua empregabilidade, sublinhou, durante a apresentação do Filmaporto - film commission, no Cinema Trindade, no Porto.
A criação destas bolsas será levada à reunião do executivo municipal na próxima segunda-feira, dia em que será lançada a página de Internet do Filmaporto, revelou.
Além das bolsas, Guilherme Blanc referiu que o projeto prevê outro tipo de ajudas, nomeadamente em termos de filmagens, logísticos, divulgação, formação ou apoio administrativo à produção.
"O Filmaporto é um projeto de apoios, comunicação, potenciação, explicação das potencialidades da cidade a nível patrimonial, capital humano no setor audiovisual, fílmico e produção", salientou.
Dizendo que apoiar as iniciativas do setor faz parte da matriz deste projeto, Guilherme Blanc apontou a necessidade de uma avaliação mais criteriosa dos projetos propostos para serem filmados no Porto, sublinhando que nem todas as produções audiovisuais devem ter o mesmo tipo de apoios da cidade.
O cinema é uma "peça muito importante" para o Porto, cidade onde este está em renovação, sobretudo nos domínios da criação, ensino, exibição e apreciação de cinema, considerou.
Direcionando a sua intervenção para uma breve explicação da página oficial do projeto, o 'film commissioner', Luís Araújo, destacou que nela é "explicada a cidade, o que tem para oferecer, quer em termos de paisagem, quer de recursos humanos, o que se pode encontrar e do que se pode beneficiar".
O Filmaporto quer facilitar e regular as filmagens na cidade, assim como simplificar e centralizar o processo administrativo, vincou.
Acrescentando que este projeto serve de "interlocutor" entre a criação artística e a produção técnica.
Luís Araújo falou ainda na criação de um diretório em que profissionais do cinema do Porto se possam registar e dar apoio a quem precisa de recursos na cidade, explicou.
"No próximo ano vai funcionar de forma interna, mas, até final de 2022, deverá ser um diretório de acesso público com a obrigatória privacidade de dados", disse.
A indústria do cinema no Porto está a viver "novos tempos", existindo uma capacidade endógena de produção "muito significativa", considerou o presidente da Câmara Municipal do Porto, o independente Rui Moreira.
"O Porto é uma cidade extraordinária, com uma diversidade enorme e uma população que gosta de ser filmada, há cidades em que não é assim", ressalvou.
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