"Germano Almeida, um dos mais proeminentes escritores em língua portuguesa, terá silhueta e frase em Penafiel para memória futura, a par com os anteriores homenageados", lê-se num comunicado enviado hoje à agência Lusa.
A organização, que é liderada pela câmara municipal, assinala que "a cidade de Penafiel voltará a estar 'contaminada' com literatura em todos os cantos e recantos e de variadas formas".
"Além da transformação habitual da cidade em torno do escritor homenageado e da sua obra, com alusões nas montras, exposições, arte de rua, teatro, música, apresentação de livros, a Escritaria contará ainda com algumas surpresas em torno da obra de Germano Almeida e da lusofonia", acrescenta.
Citado no comunicado, o presidente do município, Antonino de Sousa, referiu que nesta edição o evento volta "a olhar para a Lusofonia, sendo o terceiro autor africano de língua portuguesa" que Penafiel "tem a honra de receber".
"Cada vez mais, a Escritaria procurará convidar autores que habitualmente estão longe de nós, por razões geográficas. O futuro deste grande festival literário passará também cada vez mais pela internacionalização e por levar o nome Escritaria para fora de Portugal", acentuou o autarca.
Germano Almeida nasceu na ilha da Boa Vista em 1945 e publicou os primeiros trabalhos na revista Ponto & Vírgula, assinadas com o pseudónimo de Romualdo Cruz.
As suas obras estão publicadas no Brasil, França, Espanha, Itália, Alemanha, Suécia, Holanda, Noruega e Dinamarca, Cuba, Estados Unidos da América, Bulgária e Suíça.
Desde a primeira edição, aquele festival literário já homenageou Urbano Tavares Rodrigues, José Saramago, Agustina Bessa-Luís, Mia Couto, António Lobo Antunes, Mário de Carvalho, Lídia Jorge, Mário Cláudio, Alice Vieira, Miguel Sousa Tavares, Pepetela, Manuel Alegre e Mário Zambujal.
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