"Com o desaparecimento de Achille Perilli, o mundo da arte perde um ilustre expoente: um grande mestre da arte abstrata italiana, o pintor das geometrias impossíveis e irracionais", lamentou o ministro da Cultura de Itália, Darío Franceschini, que quis unir-se ao luto de familiares e amigos do autor, que morreu no sábado, no Hospital Santa Maria della Stella.
Perilli, nascido em Roma em 1927, era um dos grandes nomes da arte italiana contemporânea, tendo sido, em 1947, um dos fundadores do grupo "Forma", ponto de referência da arte abstrata em Itália, com Ugo Attardi, Pietro Dorazio, Pietro Consagra, Giulio Turcato, Carla Accardi e Antonio Sanfilippo.
Também foi um dos fundadores do Grupo de Arte Social (GAS), com os artistas Dorazio, Giovanni Guerrini, Renzo Vespignani, organizando, em 1951, a exposição "Arte Abstrata e Concreta", em Itália, a primeira exposição completa deste tipo de arte realizada naquele país, na Galeria Nacional de Arte Moderna de Roma.
"A sua produção artística manteve sempre um estreito diálogo com as vanguardas, e trouxe brilho e prestígio internacionais a Itália", acrescentou o ministro Franceschini.
Protagonista de numerosas exposições individuais, nomeadamente retrospetivas no país de origem e no estrangeiro, participou em várias edições da Bienal de Veneza, nomeadamente em 1952, 1958, 1962 e 1968, nesta última com uma sala dedicada por completo à sua obra.
A sua última exposição realizou-se na Galeria de Arte Cambi, em Milão, entre janeiro e março deste ano.