A confirmação foi dada numa carta enviada à emissora pública norte-americana NPR na sequência da petição da rede ucraniana UA: PBC, que solicitou a expulsão do país do concurso por considerar ser "um porta-voz do Kremlin e uma ferramenta fundamental de propaganda política financiada com o orçamento do Estado russo".
"O Festival Eurovisão da Canção [que se realizará em Itália] é um evento cultural não político. No entanto, a EBU está preocupada com os acontecimentos na Ucrânia e continuará a monitorizar de perto a situação", é referido na carta.
Na quinta-feira surgiram noticias de alguns cancelamentos desportivos, sendo que o encontro entre a Geórgia e a Rússia, da terceira jornada do Europe Championship 2022 de râguebi, foi adiado para "preservar a saúde e segurança de todos os jogadores funcionários", segundo a organização do torneio.
A Polónia, que deveria jogar na Rússia, e a Suécia e a República Checa, possíveis adversárias, apelaram à Federação Internacional de Futebol (FIFA) para que o 'play-off' do Mundial2022 não se dispute naquele país.
A Rússia lançou quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar em território da Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocou pelo menos meia centena de mortos, 10 dos quais civis, em território ucraniano, segundo Kiev.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa "desmilitarizar e desnazificar" o seu vizinho e que era a única maneira de o país se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário, dependendo dos seus "resultados" e "relevância".
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