Londres, 08 jun 2022 (Lusa) -- O museu britânico Victoria and Albert (V&A) lamentou a morte da pintora Paula Rego, hoje aos 87 anos, em Londres, onde vivia, salientando que o seu trabalho foi "sempre brilhante e desafiador".
"Soubemos com tristeza da morte de Paula Rego. Muitas vezes inspirado por 'provérbios, canções de embalar, jogos infantis e canções, pesadelos, desejos, terrores', o seu trabalho foi sempre brilhante e desafiador", lê-se numa publicação partilhada na conta oficial do museu no Twitter.
A nota é acompanhada pelas imagens de dois dos quadros da pintora -- "Three Blind Mice" (1989) e "Death Goes Shopping" (2009) - que integram a coleção daquele museu.
Do acervo do museu V&A fazem ainda parte outras quatro obras de Paula Rego, duas sem título, de 1981 e 1994, "The Wild Duck", de 1990, e "Jane Eyre", de 2003.
A pintora Paula Rego morreu hoje de manhã em Londres, "calmamente em casa, junto dos filhos", disse à agência Lusa o galerista Rui Brito.
Paula Rego estudou nos anos 1960 na Slade School of Art, em Londres, onde se radicou definitivamente a partir da década de 1970, mas com visitas regulares a Portugal, onde, em 2009, foi inaugurado um museu que acolhe parte da sua obra, a Casa das Histórias, em Cascais.
Nascida a 26 de janeiro de 1935, em Lisboa, foi galardoada, entre outros, com o Prémio Turner em 1989, e o Grande Prémio Amadeo de Souza-Cardoso em 2013, além de ter sido distinguida com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada em 2004. Em 2010, recebeu da Rainha Isabel II a Ordem do Império Britânico com o grau de Oficial, pela sua contribuição para as artes.
Em 2019, recebeu a Medalha de Mérito Cultural do Governo de Portugal.
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