O festival decorre este ano sob o tema "Amores proibidos" com uma programação que celebra "histórias de amor como a de D. Pedro e D. Inês, a de Romeu e Julieta, mas também outro amores, mais ou menos consentidos e que acabaram melhor ou pior", afirmou o diretor artístico do Cistermúsica, André Cunha Leal, durante a apresentação da programação, realizada hoje no Mosteiro de Alcobaça, o principal palco do evento.
Com arranque marcado para o dia 30, o festival regressa este ano ao formato tradicional (depois de nos dois anos anteriores ter sido realizado em moldes adaptados à pandemia de covid-19) com uma programação que, até 06 de agosto, oferece um leque de experiências artísticas e sonoras.
O cartaz inclui concertos que, segundo o diretor artístico, "percorrem séculos de história musical", mas também espetáculos de criação contemporânea e formações que vão da música de câmara à ópera, recitais, concertos sinfónicos, fado, jazz, gospel e dança.
De entre os grandes espetáculos, o programador destaca a gala lírica "Amores proibidos", concerto de abertura marcado para o dia 01 de julho, com a Orquestra de Câmara Portuguesa, no palco da Cerca do Mosteiro.
A programação principal integra ainda um recital de piano com Artur Pizarro (03 de julho), Voces Celestes & Real Câmara com Paul Agnew (08 jullho), vários ensembles vocais, quartetos de cordas da Coreia do Sul e de Portugal e coros cistercienses.
Os concertos sinfónicos da Orquestra Filarmónica Portuguesa (a 22 de julho), da Orquestra Metropolitana de Lisboa (24), da Orquestra XXI (29), e da Jovem Orquestra Portuguesa (04 de agosto) são outros dos destaques da programação agendada para a Cerca do Mosteiro.
Da programação principal constam ainda a ópera de Alexandre Delgado "O doido e a morte" e o concerto encenado, com música do mesmo compositor, "Rei Lear, a partir da tragédia de Shakespeare".
A esta programação juntam-se os espetáculos "júnior e famílias", assentes sobretudo nas produções dos cerca de 600 alunos da Academia de Música de Alcobaça, e a programação "Outros Mundos", que leva a Alcobaça formações de jazz da Suíça, um trio de acordeões da Polónia, a portuguesa Cristina Branco convidada pela Cister Meta Orchestra e o bailado "Romeu e Julieta", interpretado pelo Quorum Ballet.
Nas propostas de "Outros Mundos" lugar ainda para o espetáculo "Remember Jobim", um recital de harpa de Angélica Salvi, o concerto do americano John Pizzarelli a cantar Nat King Cole e, a fechar, o concerto sinfónico da Banda de Alcobaça com Sofia Escobar como convidada.
O festival alarga também este ano a sua vertente de espetáculos em rede, com dois concertos em Lisboa e espetáculos em Porto de Mós, Marinha Grande, Batalha, Coimbra, Oeiras, Mação, Odivelas, Évora, Arouca, Penacova, Santarém, São Pedro do Sul e Figueira da Foz.
Dados que fazem deste "o maior evento que o Cistermúsica já apresentou, o maior festival do género em Portugal e a edição com maior orçamento de sempre", afirmou Rui Morais, diretor-geral do certame que conta este ano com um orçamento de 425 mil euros, o que reflete um crescimento de 16% face à última edição.
Desta verba 123.510 euros são financiados pela Direção-geral das Artes, 129.500 oriundos de patrocínios e 60 mil euros comparticipados pela Câmara de Alcobaça, contribuindo as restantes autarquias onde se realizam concertos com uma verba de 58.500 euros.
O Cistermúsica conta ainda realizar cerca de 30 mil euros em receitas de bilheteira e, segundo Rui Morais, "recuperar o número de espectadores pré-pandemia", atraindo cerca de oito mil espectadores.
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