Prémio LeYa atribuído a Celso José da Costa
O anúncio foi feito por Manuel Alegre, esta quarta-feira.
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Cultura Prémio Leya
O Prémio LeYa 2022 foi atribuído, por unanimidade, à obra 'A arte de driblar destinos', do escritor brasileiro Celso José da Costa, que concorreu sob o pseudónimo de Fagundes Andrade. O anúncio foi feito esta quarta-feira pelo júri, presidido por Manuel Alegre, na sede do grupo editorial, em Alfragide.
O livro premiado destaca "uma saga familiar que reflete muito bem, com ritmo e vivacidade, o mundo social do interior do Brasil", assinou Manuel Alegre.
O escritor e político referiu ainda que o tema do livro passa pela "educação de um jovem, nem sempre em contexto fácil, e joga entre o pícaro e o trágico, equilíbrio que se mantém desde o início, quando o narrador evoca o fascínio que sobre ele exerce, aos 5 anos, a trupe que vai montar o espetáculo de uma tourada, até à evocação de personagens que ganham uma força mítica como o coveiro ou o faquir sertanejo."
Alegre destacou também "a forma como se organiza a estrutura romanesca e a limpidez da narrativa que permite seguir um mundo de histórias, e obriga a seguir a leitura como se [se ouvisse] a voz e as vozes que por ela perpassam".
Sobre o autor, o júri afirmou que é um "matemático eminente", o que "indicia que este livro tem um forte pendor autobiográfico".
Manuel Alegre disse ainda que o distinguido ficou surpreendido e reagiu com "puxa, puxa, puxa".
Celso José da Costa, de 73 anos, é matemático, natural do Estado do Paraná, no Brasil.
Concorreram 218 originais a esta edição, oriundos de Portugal, Alemanha, Brasil, Espanha, Holanda, Inglaterra, Japão, Moçambique e Polónia, habilitando-se a um prémio de 50 mil euros.
Além de Manuel Alegre, faziam parte do júri a escritora e poeta angolana Ana Paula Tavares, a jornalista, escritora e crítica literária portuguesa Isabel Lucas, o editor, jornalista e tradutor brasileiro Paulo Werneck, os professores Lourenço do Rosário, fundador e antigo reitor da Universidade Politécnica de Maputo, e José Carlos Seabra Pereira, da Universidade de Coimbra, e ainda o escritor português Nuno Júdice.
O Prémio LeYa foi atribuído pela primeira vez em 2008, ao romance 'O Rastro do Jaguar', do escritor brasileiro Murilo Carvalho, e já distinguiu dez autores.
Em 2010, 2016 e em 2019 o júri não atribuiu o galardão, justificando "falta de qualidade" das obras candidatas, e em 2020 foi suspenso por causa da pandemia.
Gabriela Ruivo Trindade, com o romance 'Uma Outra Voz', foi a única escritora distinguida até ao momento.
No ano passado, o Prémio LeYa foi atribuído a 'As Pessoas Invisíveis', de José Carlos Barros.
[Notícia atualizada às 14h04]
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